30 março 2020
Fantasmas
O Fantasma, criado por Lee Falk como o primeiro herói a usar uniforme, inspirou a criação do Batman, mas a grande diferença é que o primeiro muitas vezes recorre à Crônicas de seus antepassados para distrair a família, os amigos ou mesmo obter informações úteis sobre uma quadrilha que precise desbaratar, ou desvendar algum mistério; em outras ocasiões, ele pode mesmo enfrentar descendentes de inimigos de algum de seus ancestrais.
É um universo é tão rico,que decidi criar essa serie em capítulos, falando sobre cada Fantasma e também sobre vários temas e personagens ligados a ele(s), que muito me divertiram na infância.
Espero que você,seguidor/visitante desse blog, conheça ou relembre essas figuras tão especiais. Lícia
A história dessa dinastia marcada pela violência e também pelo romantismo, da qual faz parte até um integrante da Távola Redonda do Rei Arhur, e que se caracteriza também pela eterna repetição de nomes, é bastante confusa, principalmente em relação a casamentos…
…porque como há mulheres que em algumas HQs são citadas como esposas de uns Fantasmas, em outras são apontadas como noras ou mesmo mães e até avós deles (o mesmo acontece com alguns homens) e muitas vezes as datas não batem de forma alguma nas/com as célebres Crônicas, formadas pelos registros escritos pelos antepassados.
Este é outro item bastante complicado,porque dependendo da Editora e/ou do país (não vou seguir um cânone,porque o próprio Lee Falk cometeu vários enganos em relação a personagens e datas, e autorizou outros desenhistas e roteiristas a criarem HQs à-vontade) ; além disso, há um agravante: erros que envolvem fatos históricos citados numa ou noutra aventura, e que acabam influenciando ou distorcendo as datas de nascimento de alguns personagens (principalmente algum Kip/Kit Walker), por exemplo .
É curioso notar ainda que todos os Fantasmas nascem na Caverna do Crânio (ou Caverna da Caveira), e aliás, parecem estar sob uma eterna maldição: o pai sempre morre de forma violenta quando o filho escolhido como sucessor - sempre o primogênito, mas houve uma exceção - é adolescente, e nenhum jamais viveu o suficiente para assistir ao casamento de uma filha, e muito menos conhecer o primeiro neto/a.
Talvez por determinação do 1º Fantasma, a trajetória do filho sucessor é imutável: aos 12 anos, é enviado ao país de origem da mãe (que o alfabetizou e transmitiu-lhe seus conhecimentos e cultura geral) e, anos depois, avisado por algum bandar que vai buscá-lo, retorna urgentemente à Caverna da Caveira/ Caverna do Crânio para fazer o juramento, receber instruções e os anéis, ouvir as últimas palavras do pai, sepultá-lo,vestir seu próprio uniforme, ser aclamado pelos pigmeus, e assim iniciar sua carreira como Fantasma.
Algum tempo depois, conhece alguma moça que geralmente está em perigo, apaixona-se por ela (a recíproca é válida), em seguida há um longo período de separação (com raras exceções), o reencontro,o casamento (houve uma ou outra tragédia ao longo da dinastia que impediu isso,porque as pretendentes morreram em trágicas circunstâncias), o nascimento do futuro Fantasma (e às vezes de irmãos ou irmãs) , e o ciclo se repete inexoravelmente.
Duas curiosidades sobre as esposas: todas são belas, estrangeiras, e não se sabe onde são sepultadas – e o mesmo vale para os outros filhos e filhas,noras e genros, e até pro marido e os filhos de Julie, a gêmea do 17° Fantasma, a qual fez carreira própria,e por isso seus restos mortais foram depositados na gaveta a que tinha direito - porque as tumbas da Caverna da Caveira são reservadas exclusivamente aos Fantasmas, que, aliás, sempre são pais muito bons, amigos e companheiros de suas mulheres e filhos.
Outro detalhe: “Walker” se deve a “Fantasma-Que-Anda”, e virou sobrenome, consagrado pelo uso, mas o verdadeiro é o de raiz: Standish.
O Pai do 1º Fantasma
A saga familiar é bem curiosa, e vale a pena conhecê-la em seus primórdios, narrada pelo 21º Fantasma à namorada,Diana Palmer, em “A Mesa Walker”.
O Capitão Christopher Standish – que foi grumete e marinheiro de Cristóvão Colombo, na caravela Santa Maria,e antes dele, descobriu que os EUA são um país,como logo veremos – saiu de casa ainda menino,disposto a fazer carreira no mar.
O 1º Fantasma
O capitão se casou com Mary Standish (o nome de solteira é desconhecido), de Plymouth, Inglaterra, e o filho, também chamado Christopher Standish, nasceu em 1516 em Portsmouth e cresceu a bordo do navio do pai. Foi criado junto com um primo, Simon Walker, seu amigo inseparável desde a infância.(Fantasma nº 336, RGE),
Em 17 de fevereiro de 1536, o navio foi atacado por piratas da Irmandade Singh em uma baía na costa de Bangalla, África.
A última coisa que Christopher viu antes de cair no mar e ficar inconsciente, foi seu pai ser assassinado pelo líder dos piratas. Ambos os navios explodiram. O rapaz foi levado pelas ondas até uma praia, ainda desmaiado, e socorrido por pigmeus da Tribo Bandar,chefiados por Turan, que o viram como alguém que veio do oceano para libertá-los da escravidão, e juraram-lhe eterna lealdade. (Fantasma nº 252,RGE).
Ele criou as flechas envenenadas e uma nova identidade - O Vingador - com base em um ídolo nativo - e em troca, os pigmeus mostraram-lhe a Caverna da Caveira,onde ele passou a morar (Fantasma” nº 336, RGE),assim como todos os seus descendentes.
Esse 1° Fantasma também instituiu as Crônicas,que registram todos os fatos importantes (das aventuras e da vida familiar) dele e de cada um de seus descendentes que usou o uniforme.
Ao encontrar o corpo do assassino - que ainda usava a capa que roubara - de seu pai, esperou que os abutres fizessem o serviço que a Natureza lhes atribuiu; em seguida,pegou o crânio e criou o Juramento da Caveira: "Juro dedicar minha vida à destruição da ganância, pirataria, crueldade e injustiça, em todas as suas formas! Meus filhos e os filhos deles me seguirão".
Desde então,todo Fantasma repete esse juramento diante de seu antecessor,o pai...
…que depois lhe passa o Anel da Caveira e as Marcas do Bem e do Mal,além de recomendar que o tesouro da família seja usado exclusivamente em benefício de outras pessoas; como isso acontece quando um Fantasma está morimbundo,em seguida ele morre e é carregado pelo filho até a tumba,já reservada,por determinação do fundador da linhagem - na própria caverna, habitada pela família,a qual ali continuará a viver normalmente - onde é depositado só com o uniforme,mas sem a máscara e armas. Não há caixão,prece e nem velório.
Em seguida,o filho veste o uniforme,sai da Caverna da Caveira e é aclamado pelos Bandar – a única tribo a saber que houve a sucessão, porque todas as outras pensam que se trata de um mesmo homem há séculos - como o novo herói: “O Fantasma morreu! Vida longa ao Fantasma!”.
Embora seja um voto sincero, ele não se cumpre no quesito “vida longa”, e tudo se repete numa espécie de reino com partes históricas preservadas, mas cercado de locais que se expandem ao longo do tempo, através da modernização gerada pelo progresso.
Mas voltando ao personagem que iniciou tudo isso, há dúvidas sobre com quem o 1° Fantasma se casou:
A) Christina, filha de Eric, o Viajante (“Érico,O Errante”, Opera Graphica, citada em “A Lenda da Bruxa de Hanta”, de 1979);
B) Uma princesa espanhola seqüestrada por piratas (“A Rainha dos Piratas”, 1989).
D) Donna Marabella, neta de Cristóvão Colombo (“The Heirs”,1978); apesar de haver um grupo que afirma que na verdade ela foi a esposa do segundo Fantasma) com quem rolou um amor à primeira vista num barco que ia para a Ilha de Hispaniola – onde ela deveria se casar com um nobre espanhol chamado Don Federico, mesmo sem nunca tê-lo visto. O cara era louco, assim como a
família dele quase toda – e é claro que o Fantasma se deu bem. Confira:
Abrindo uma outra tradição secular da família, anos depois ele foi assassinado por bandidos.
O 2° Fantasma: Ainda muito jovem, passou, ao lado do pai, por uma trágica experiência durante uma viagem.
Com a morte do pai,por volta de 1545, iniciou sua missão (Fantasma números 138 e 192,RGE), com a ajuda do líder da tribo Wambesi, chamado Kianga, e se casou - apesar de alguns afirmarem que foi com Maribel,a neta de Cristóvão Colombo - com uma inglesa chamada Anne, cujo pai era fazendeiro (Fantasma nº 348,RGE; Excalibur).
Ele também acabou descobrindo que o primeiro Fantasma foi pai solteiro em Paris,e encontrou seu meio-irmão,René,por quem acabou quebrando uma tradição familiar que se estenderia pelos séculos.
O 3° Fantasma: Como seu pai estava ajudando a implantar a tradição do filho sempre estudar no país de origem da mãe, ele foi enviado a um monastério na Inglaterra, e houve problema,porque resolveu fugir e fazer teatro com Shakespeare, em Londres.
Virou ator em 1602 (Novo Almanaque Fantasma nº 27, RGE), o que acabou irritando profundamente o pai, que foi até lá para buscá-lo, mas o moleque bateu pé firme, peitou-o e assim o 2° Fantasma,em crise, voltou sozinho para Bangala (Fantasma” nºs 344 e 348, RGE), onde disse à mulher que eles não tinham mais um filho.
A aventura “O Prisioneiro Misterioso” é muito interessante,porque além de detalhar os questionamentos internos feitos pelo 2º Fantasma na volta de Londres, confirma que sua mulher se chamava Anne - e,de quebra, mostra o espírito do 1º Fantasma ajudando-o a vencer a crise -, e depois de alguns atos heróicos, a volta à Caverna da Caveira e a convocação final do filho renegado.
Sim,ele aceitou. O 3° Fantasma assumiu o posto em 1606, pouco depois que o chefe dos pigmeus, Ogar (ou Duran), foi buscá-lo, a mando da mãe desse jovem rebelde, porque seu pai – que não queria vê-lo de novo - estava morrendo devido a um ferimento recebido durante uma luta contra piratas numa praia de Bangala,onde foi achado caído na areia.(Fantasma Especial nº 1, Mythos), confirmando os detalhes vistos na aventura acima. Felizmente houve tempo de pai e filho se reconciliarem.
Há uma corrente que afirma que em 1616 ele se casou com Rosemund/Rosamund,uma sobrinha de Shakespeare,e sempre usou a experiência de ator para enganar os bandidos que combateu. (Novo Almanaque Fantasma nº 27, RGE).
A identidade e a família do noivo sempre intrigaram o tio da moça:
Na aventura “Gold Of The Green Hell”, publicada pela Editora Bastei, ele era casado com Sarah.
Só que nessa HQ aqui, ele casou com a Princesa Pura, da Índia, que era filha do sultão Mamoud Ben Al'lina, e até ganhou a taça de diamantes que pertenceu a Alexandre, O Grande.
Ele liquidou o líder dos piratas Scorpia e desbaratou a organização. (“The Scorpia”, tirinhas diárias de 1957-58. Já no Brasil, “A Origem de Scorpia”, “Fantasma” nº 25, Editora Saber), e morreu em 1625.
O 4° Fantasma nasceu em 1607 (Fantasma Especial nº 1, Mythos), e foi educado na Inglaterra - fugiu da escola (como seu pai) e pretendia tornar-se um cavaleiro, mas virou escravo durante dois anos - com direito até a aventura na Floresta de Sherwood, o famoso território de Robin Hood.
“Retorno ao Templo do Éden”, na “Fantasma Especial” nº 1, da Mythos.
Entrou em ação por volta de 1625. Seu pet era um lobo chamado Devil.
Ele teve uma aventura muito trágica em Roma (The Phantom # 1358, de 2003) - que o levou a romper uma tradição familiar, embora essa atitude tenha sido plenamente justificada pelas circunstâncias, e a deixar um pedido especial para as gerações seguintes, que sempre o atenderam – mas é interessante notar que foi o primeiro (talvez o único) da dinastia a ter uma crise de auto-questionamento sexual, antes de descobrir que na verdade se tratava de um caso de travestivismo, devido ao amor adolescente de um órfão, Pedro de Béstia, protegido de seu pai, o 3° Fantasma, que o enviara para um seminário. Enfim, um grande imbróglio que só podia acabar em tragédia.
Apesar disso, esse Kit se recuperou psicológica e sentimentalmente, porque alguns afirmam que ele casou-se com:
A) A Princesa Pura;
B) A filha de um marajá, sem a aprovação do pai dela;
C) Em 1616 com uma inglesa nascida em Nottingham, que morreu de parto em 1626. Sim,o cara tinha um karma bem pesado, sem dúvida.
D) Aretha, uma inglesa, em 1651. Eles tiveram duas filhas e um filho,Kit.
Ele foi acusado de lesar financeiramente um homem em 1653, e os descendentes dos dois tiveram que fazer um acerto, já que a honra da dinastia foi questionada.
Talvez por ter sido publicada pela Editora Charlton, nessa HQ o banqueiro sabia que estava negociando com o 21º Fantasma.
O 5º Fantasma nasceu em 1620, e em 1646, salvou o Capitão Adams e a filha, Juliet, nascida e criada em Boston (EUA) – por quem se apaixonou e foi correspondido – durante uma confusão em Goa, Índia, porém ali iniciaram uma longa separação.
Como o pai foi difamado após a morte, Juliet Adams, revoltada, decidiu encarar a bandidagem por dentro, e virou a Capitã Amazona, Rainha dos Piratas, que, eternamente machistas, decidiram sequestrá-la na Ilha de Saba, onde ela reencontrou o Fantasma, o qual, além de libertá-la, aproveitou para surrar vários bandoleiros e ser aclamado líder, antes de explodir o paiol de armas e munições deles.
Em seguida, foram para a Caverna da Caveira, onde se casaram – com a ajuda dos Bandar, que sequestraram um religioso missionário - e tiveram um filho.
Numa outra aventura (Os Ladrões de Trizak, da RGE), ele casou com Karem.
O 6° Fantasma nasceu em 1646.
Descrito como “Um homem de poucas palavras", criou em 1684 a Patrulha da Selva - composta por ex-piratas,comandados por Barba Ruiva - e acabou com a bandidagem marítima de Sanloi.
No item Casamento, há três candidatas:
A) Uma rainha da França, desconhecida dos historiadores;
B) Natalla, a Rainha de Navarra;
C) A filha de um sultão.
O 7° Fantasma,estranhamente,também pode ter se casado com uma desconhecida rainha francesa.
O 8° Fantasma, apontado como o mais alto de todos da linhagem ao longo dos séculos, combateu os terríveis Demônios de Kognia, detonou o Castelo dos Seres do Mal, e ainda teve a capacidade de inventar uma passagem secreta pelo Grande Pântano.
As duas grandes controvérsias, nesse caso,são:
1) Com quem - e quando: por volta de 1675 ou 1685? - ele se casou?
A) Uma inglesa, com quem teve quatro filhos, todos chamados "Kit";
B) Heloise, a Bruxa de Hanta (A Feiticeira de Hanta,1965)...
2) A causa da morte, ocorrida por volta de 1726:
A) Picada de cobra (número 899A do gibi publicado pela Editora Frew).
B) Ferimentos nas costas causados por uma flecha disparada pelos Mongóis.
Pelo que vemos nessa HQ, Heloise, a bela e muito decidida Rainha de Kognia, casou com ele, sim, como queria – chegou ao ponto de drogá-lo e prendê-lo em seu castelo, o que foi ruim porque despertou-lhe a fúria traduzida em pequenos insultos, mas ao mesmo tempo foi bom, pois ao ser magoada e chorar, provou não ser uma bruxa - e ainda teve direito a test-drive mútuo & recíproco na selva, durante a viagem até Bangalla, antes do casório, evitando a hipocrisia que dominava as HQs da época. Um belo exemplo a ser seguido - sem dúvida.
O 9° Fantasma, o mais forte da dinastia, embora fosse feio e baixinho (o que é muito estranho, porque quem transmite o gene da altura é o pai, e nesse caso, tal personagem era citado como o mais alto de todos os Fantasmas,que,aliás, são sempre louros ou morenos de olhos azuis...); teve três lindos irmãos mais velhos: "Kit 1", “Kit 2” e “Kit 3” – assim como ele, que era o “Kit 4“ - e iniciou suas aventuras em 1725, quando o pai foi assassinado devido a uma flechada nas costas, dada por um integrante do exército mongol.
É interessante ver nessa HQ o tanto de cuidados e apoio ele recebeu dos pais durante a infância, por causa das sacanagens dos trigêmeos mais velhos, e a compreensão paterna quando ele fugiu de casa e se recusou a ir estudar em Londres – território dos irmãos, que anos mais tarde explicaram à família que não queriam ficar em Bangalla, porque escolheram suas carreiras na Grã-Bretanha: um no Exército, outro na Marinha, e o terceiro numa universidade.
Mais uma vez, o pai conseguiu superar a surpresa e decidiu acatar as escolhas do trio, que realmente não teria espaço na selva, já dominada pelo caçula, que embora não tenha recebido uma educação formal, provou ser muito melhor do que eles em tudo o que era necessário para continuar as tradições da vida de um Fantasma. Questões vocacionais, apenas isso. A bem da verdade, inicialmente Kit 4 nem queria suceder o pai, mas não lhe sobrou nenhuma alternativa.
Além do mais, casou com a princesa mongol Vhatta (Fantasma: Crônicas”, Opera Graphica nº 3), numa cerimônia oficiada pelo ex-inimigo (patrão do assassino de seu pai) e - finalmente conformado - sogro, que invadiu a área da Caverna da Caveira para anunciar sua decisão de abençoar os noivos.
É,o baixinho, além de inteligente, tinha borogodó de sobra,porque também é apontado como o marido de:
A) Chama Stanbury, a filha do governador da Jamaica em 1717, segundo a Equipe Fantomen. Tiveram um filho, Kit, nascido naquele mesmo ano, e, tempos depois, uma filha, Heloise.
B)Eileen Ambrose, uma ex-pirata, de acordo com a Editora Bastei. O casamento foi realizado em 1780.
Esse Fantasma era bem destemido:
Destruiu o ídolo dos sacrifícios humanos, Zaal.
Derrotou os bandoleiros das Índias Orientais.
Foi nomeado Guardião das Trevas Orientais.
E como estava na ativa em 1776, há uma HQ interessante, da Charlton Publications, na qual ele vai aos EUA resgatar um rapaz capturado por traficantes de escravos, e recebe ajuda de Benjamin Franklin.
Uma curiosidade: o cavalo do Fantasma era chamado de “Lluomo”, um quase-trocadilho com a palavra “L’Uomo”.que em italiano significa “O Homem”.
10° Fantasma, citado como “um homem honesto e de muita palavra", viveu no Século XVIII e era charmosamente narigudo.
Mais uma vez, não se sabe ao certo com quem ele se casou, porque uns dizem que foi com a filha do capitão de um navio escandinavo, após salvá-la - além de outras pessoas - de um naufrágio...
...enquanto outros juram que foi com uma índia norte-americana (sem a permissão do pai dela).
Entretanto,na aventura O Motim, ele é casado com Marianne, que devia ser francesa (há um grupo que garante que ela era uma cantora de ópera chamada Mary, filha de um nobre escocês), já que o filho mais velho estava programado para estudar em Paris.
Eles tiveram dois filhos: Kit Walker (o primogênito e futuro 11º Fantasma) e o caçula, que permaneceu anônimo,tadinho.
O 11° Fantasma: Casou com Renata di Mascarelli, que alguns anos depois foi à Itália receber umas terras de herança, e escreveu ao marido avisando que o filho havia sido sequestrado. E ele imediatamente viajou para resolver o caso.
O 12° Fantasma: Fundou a Patrulha da Selva – ironicamente, com piratas – após se apaixonar à primeira vista ao mesmo tempo em que lutava num navio. O sentimento foi tão forte que ele chegou a se distrair e perder a espada.
Casou com Natalla, a rainha de Navarra, bela,decidida e bem-humorada – que depois de visitar a Caverna da Caveira e sentar no trono por alguns instantes, ganhou de presente do Fantasma uma nova frota com tripulação de piratas regenerados, e até ouviu uma rápida declaração de amor.
Como ele praticamente fugiu em seguida, Natalla voltou pra casa, aguentou um pouco a separação, pensou bastante e abdicou do trono para retornar a Bangalla e pedir o seu grande amor em casamento.
Ao autorizá-lo a fazer isso em relação a ela, deixou-o embasbacado a tal ponto, que os amigos tiveram que insistir para que ele aceitasse, pois ainda estava em choque de tanta felicidade – afinal,não é todo dia que aparece uma rainha loura,linda e porreta assim na vida de um cara,mesmo que ele pertença a uma dinastia tão especial.
O 13° Fantasma: Cresceu nos EUA, convivendo com grandes figuras históricas, como Thomas Jefferson, e foi o único a ser visto conversando com o avô (materno).
Casou com Jeanette Lafitte, irmã do pirata Jean Lafitte, o qual desde o início foi contra o namoro,porém no fim da vida acabou concordando,e até nomeou o Fantasma seu sucessor entre os piratas; talvez por isso ganhou uma grande exceção no enterro.
O 14° Fantasma: Casou com Jeanette Lafitte, irmã do pirata Jean Lafitte.
O 15° Fantasma: Casou com Jeanette Lafitte, irmã do pirata Jean Lafitte.
O 16° Fantasma: Uma corrente garante que ele se casou com Asta Jensen.
Outra, assevera que foi com Annie Morgan.
Um terceiro grupo defende a tese de que ele casou com Asta Jensen, enviuvou, e depois houve o casamento com Annie Morgan.
O 17° Fantasma: Nessa HQ, ele cria a Patrulha da Selva, pensa fazer um salvamento e na verdade interrompe uma caçada, briga e em seguida fica amigo do Imperador Jonkar, salva a noiva deste, e ao se casar com Natalla, a rainha de Navarra (sim, a mesma que casou acima com o 12º Fantasma) ganha de presente a Casa de Jade, inaugurando a tradição da lua-de-mel na Praia de Keela-Wee.
Outra versão afirma que ele se casou com Mary Stillwell.
O 18° Fantasma deu, em 1856, a proteção da "boa marca" ao caçador Carlyle - que impediu índios de queimá-lo vivo - e toda sua família.(“The Carlyle's Good Mark”,1958, e The Phantom n° 16 ,Editora Moonstone, 2007).
Evitou o massacre de uma tribo indígena escondendo homens, mulheres e crianças na Mesa Walker, no deserto norte-americano.
Casou com a princesa espanhola Vânia de Castela. Ou não,como se vê nessa HQ, apesar da afirmação feita por Diana, porque seria impossível um casamento ficar sem registro nas Crônicas.
Em contrapartida, este Fantasma chamado Ken teria estudado em Londres, sofrido um sequestro e se casado com Lara Collins, como se vê nessa HQ publicada na Itália pela Editora Fratelli Spada:
O 19° Fantasma iniciou o trabalho em meados do Século XIX/início do Século XX .
Ele foi considerado o mais forte de toda a dinastia, desbancando o 9° Fantasma.(“The Rope People”, 1951)
"Foi um homem valente e corajoso" (“The Adventures Of Lucy Cary,1964)
Eliminou os caçadores de cabeça Ongaleses.
Baniu da selva as armas de fogo.
Descobriu o Povo Corda (“The Rope People”, 1951)
Encontrou Sherlock Holmes numa aventura.
Criou os Jogos Olímpicos da Selva (“The Gurk Twins”,1960)
Salvou o Dr. Dodd (amigo do pai de Diana Palmer) do ataque de piratas.("Os Piratas Singh", 1936,ou seja, a aventura de estreia do Fantasma).
Foi salvo por um forasteiro, que atirou em dois bandidos que pretendiam torturá-lo num poste. (“Deadman's Point” (1967)
Foi salvo pelo caçador Tom Caryser de ser queimado vivo.(Tale Of The Good Mark”, 1971)
Como se tudo isso não bastasse, ainda encarou a babaquice e a arrogância do preconceituosíssimo futuro cunhado – o Dr Cary, um médico missionário norte-americano que salvou-lhe a vida ao fazer-lhe uma cirurgia de emergência, após nosso herói ter levado uns tiros de bandidos, e em troca recebeu uma pedra tão valiosa que serviu para a construção de um hospital na selva, e também a Boa Marca – recusou o pedido e tentou impedir o casamento com Janie Cary.
Enfurecido, esse Fantasma catou a amada pouco depois do embarque no trem, que estava partindo, e levou-a a cavalo para a Caverna da Caveira, onde, algum tempo depois, o doutor (sequestrado, amarrado e amordaçado por pigmeus Bandar a mando do noivo, que assim satisfez um desejo da futura esposa) foi obrigado a assistir à cerimônia, oficiada por um pastor, e em seguida se negou definitivamente a ter uma reconciliação com o casal.
Muitos anos depois, uma sobrinha-neta de Janie, chamada Lucy Cary, foi salva pelo neto deles, o 21° Fantasma.
Apesar disso,ainda há uma lista relativa a casamentos desse Fantasma:
A) Lucy Cary, irmã do médico;
B) June Archer;
C) June Thorne;
D) A filha de exploradores sul-americanos, após salvá-la de um ataque do Povo da Corda.
E foi com ele – ou melhor, com o jovem Mozz – que surgiu a explicação sobre o Caminho do Fantasma, o qual não leva a lugar algum.
O 20° Fantasma apareceu na primeira história ("Os Piratas Singh", 1936),ao fazer o filho prestar o Juramento da Caveira, quando voltou dos EUA; em algumas HQs,ele voltou de Oxford, Inglaterra .
Aprisionado por um príncipe das Montanhas, teve que trabalhar como escravo.
Casou com uma norte-americana chamada Maude, a quem salvou de um sequestro. Muitos anos depois, ficou viúvo; aparentemente ela teve câncer, e o filho conseguiu chegar dos EUA – onde estava estudando, após morar com a irmã e o cunhado da mãe - a tempo da despedida.
Cinco anos depois, ele morreu poucos dias após ser esfaqueado nas costas - estava usando uma luneta para observar o oceano numa praia deserta de Bangala - por um informante chamado Rama, que havia prometido contar onde estavam os navios dos piratas Singh,e que, após cometer o crime,roubou-lhe o cinturão com as pistolas automáticas.
O 21° Fantasma nasceu em 1916, numa noite em que o pai abordou um médico na estrada e levou à Caverna da Caveira pra fazer o parto...
E anos mais tarde esse Christopher/Kip/Kit Walker formou com Diana Palmer o casal mais conhecido desse grupo familiar .
Os dois se conheceram em 1927, quando, aos 11 anos, Kit foi estudar nos Estados Unidos; ela tinha seis anos e era vizinha dos tios dele.
O Velho Moz
A História de Capeto
Depois da morte de seu pai,o 21º Fantasma decidiu conhecer áreas mais distantes, e encontrou um filhote de lobo no deserto, depois que caçadores mataram a mãe e levaram os outros dois lobinhos.
Ele adotou o filhotinho e o chamou de “Little Devil” (Pequeno Diabo” ou “Diabinho”, em Português,mas no Brasil virou “ Capeto”, em vez de “Capeta”), o qual foi muito bem adestrado e se tornou seu companheiro favorito, a ponto de, no futuro, sempre (ou quase) viajarem juntos de avião,por exemplo.
Apesar desses nomes e da imensa violência que permeia o enredo do começo ao fim, considero esta uma das histórias mais bonitas do Fantasma,porque o texto exprime as emoções desse personagem de uma forma muito rara, já que comenta que sua solidão acabou nesse encontro, e até mesmo esbanja ternura ao se autodefinir como “Pai Humano” do lobinho; são totalmente visíveis a alegria e o alívio dele quando, já adulto, num gesto de fidelidade e gratidão de que somente um animal é capaz, devido a um amor único, o lobo escolheu ficar com ele, quando poderia atender a dois chamados da Natureza e no último ser o líder de sua matilha, após a morte do pai, “Satan” (em Português, “Satã”, ou “Demônio”).
A História de Herói
O fiel cavalo foi um presente ganho pelo Fantasma após resgatar Melonie, a filha do Rei Surobi, de Kabora, um amigo que ele havia salvado há algum tempo.
Eles estavam conversando quando um chacal atacou um guarda, que foi salvo pelo cavalo, impressionando a todos,principalmente o Fantasma.
A simpatia foi imediata e mútua; o melhor é que, mais uma vez, o animal escolheu o seu dono.
Capeto e Herói sempre foram bons amigos, formando a família do 21º Fantasma por um bom tempo.
Depois, aceitaram Diana e os filhos, Kit e Heloíse, além de Rex e Jumba.
O grande problema familiar do 21º sempre foi a sogra, radicalmente contra ele desde os primórdios do namoro, nos Anos 30.
A eterna empata-foda…
Várias vezes as artimanhas da megera puseram em risco a vida da própria filha – embora essa intenção logicamente não existisse – e o Fantasma é que ficava obrigado a resolver os problemas.
E nem assim a véia se emendou; durante décadas, tramou diversas vezes para separar o casal.
Por essas e muitas outras, um dia o Fantasma deu um sábio e prático conselho a Capeto:
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