Ele se criou como os antepassados: na selva de Bangala, e só na pré-adolescência foi enviado aos Estados Unidos - país de sua mãe, Maude - para estudar, e teve sérios problemas de adaptação.
A situação só melhorou quando ele conheceu Diana Palmer, uma menina de 6 anos,vizinha dos tios dele, que pararam de tratá-lo preconceituosamente após uma fuga e também ao verem que o cunhado era muito rico; e também pelo brilhantismo em todas as disciplinas, aliado ao bom comportamento frente a colegas hostis e o destaque nos esportes na escola.
Há duas versões para seu retorno à África: a tradicional do clã (pai ferido mortalmente) e a outra, cinco anos antes, devido à morte da mãe, possivelmente de câncer. De um jeito ou de outro, o 21º Fantasma começou a combater o crime aos 20 anos, em 1936.























Mais detalhes numa outra versão, que narra como ele enfrentou preconceitos (começando pela família; o tio só baixou a bola e passou a tratar melhor o menino quando constatou que o pai dele possuía diamantes,por exemplo) e agressões na escola, por ter se destacado nas matérias e também nos esportes, e virou herói :






Kit Walker e Diana Palmer se reencontraram anos depois, dando início efetivo ao relacionamento.

Esse Kit Walker forma com Diana Palmer o casal mais famoso da dinastia.

Os dois se conheceram em 1927, quando, aos 11 anos, ele saiu de seu país, Bangalla, África, para estudar nos Estados Unidos.
Ao contrário de seus ancestrais, ele teve que deixar a universidade porque sua mãe - e não o pai - estava morrendo.
Nos cinco anos seguintes, ele permaneceu em casa, ao lado do pai, até este morrer, mas sem esquecer o seu grande e único amor:
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A solidão e a saudade sempre acompanharam o 21º Fantasma, já adulto, sem os pais, e sem notícias de Diana.

Estranhamente,não se sabe ao certo como Kit Walker e Diana Palmer se reencontraram - e não se reconheceram imediatamente - mas ao longo de décadas, surgiram algumas versões - embora sejam fragmentos desse longo e intenso romance, e não uma narrativa linear com tempo e espaço definidos em uma sequência lógica.
Nessa HQ,por exemplo, ele volta à cidade para ajudar um primo, mas fica arrasado com o pé na bunda que Diana lhe dá na frente de Lily e Dave, por causa do súbito desaparecimento na noite do baile de formatura; não houve chance para explicar o motivo,que foi o retorno à África por causa da doença de sua mãe:


















E apesar de todas as controvérsias sobre o (re)encontro,o que importa é que acabou acontecendo, com - e sem - explicações.
Numa das mais antigas versões, quem contou a Diana a história do Fantasma foi o Dr Dodd, amigo do pai dela:

Seguindo a tradição de que a futura esposa de um Fantasma deve saber toda a história da dinastia,ele também revelou a ela sua saga pessoal.
Eles viveram separações longas e curtas durante quatro décadas...
Sempre com a confiança mútua e recíproca contribuindo para garantir a continuidade dessa união.

Nos anos em que ficou longe de Diana, ele conheceu seus mascotes - o lobo Capeto e o cavalo Herói - que sempre foram amigos fiéis e leais. Eles surgiram na vida do Fantasma momentos e idades diferentes. Duas belas histórias:
A História de Capeto
Depois da morte de seu pai, o 21º Fantasma decidiu conhecer áreas mais distantes, e encontrou um filhote de lobo no deserto, depois que caçadores mataram a mãe e levaram os outros dois lobinhos.
Ele adotou o filhotinho e o chamou de “Little Devil” (Pequeno Diabo” ou “Diabinho”, em Português,mas no Brasil virou “ Capeto”, em vez de “Capeta”), o qual foi muito bem adestrado e se tornou seu companheiro favorito, a ponto de, no futuro, sempre (ou quase) viajarem juntos de avião,por exemplo.
Apesar desses nomes e da imensa violência que permeia o enredo do começo ao fim, considero esta uma das histórias mais bonitas do Fantasma, porque o texto exprime as emoções desse personagem de uma forma muito rara, já que comenta que sua solidão acabou nesse encontro, e até mesmo esbanja ternura ao se autodefinir como “Pai Humano” do lobinho; são totalmente visíveis a alegria e o alívio dele quando, já adulto, num gesto de fidelidade e gratidão de que somente um animal é capaz, devido a um amor único, o lobo escolheu ficar com ele, quando poderia atender a dois chamados da Natureza e no último ser o líder de sua matilha, após a morte do pai, “Satan” (em Português, “Satã”, ou “Demônio”).
A História de Herói
O fiel cavalo foi um presente ganho pelo Fantasma após resgatar Melonie, a filha do Rei Surobi, de Kabora, um amigo que ele havia salvado há algum tempo.
Eles estavam conversando quando um chacal atacou um guarda, que foi salvo pelo cavalo, impressionando a todos,principalmente o Fantasma.
A simpatia foi imediata e mútua; o melhor é que, mais uma vez, o animal escolheu o seu dono.
Capeto e Herói sempre foram bons amigos, formando a família do Fantasma por um bom tempo.
E como sempre se entenderam muito bem, várias vezes salvaram o seu dono, como em Os Tambores de Bongo:



Depois, aceitaram Diana e os filhos, Kit e Heloíse, além de Rex e Jumba.
...e o falcão Fraka.

A mãe dela era contra,lógico...


O grande problema familiar do 21º sempre foi a sogra, Lily Palmer, radicalmente contra ele desde os primórdios do namoro, nos Anos 30, porque ela vivia arrumando pretendentes ricos para Diana, despertando o ciúme e a fúria do Fantasma, com as consequentes brigas com a amada e vice-versa, e assim conseguindo atingir sua meta: separar o casal...só que depois eles sempre faziam as pazes...e tudo recomeçava.
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Várias vezes as artimanhas da megera puseram em risco a vida da própria filha – embora essa intenção logicamente não existisse – e o Fantasma é que ficava obrigado a resolver os problemas, recebendo de vez em quando uma ajuda do tio dela, Dave Palmer, um delegado aposentado, solidário talvez por conhecer muito bem a irmã, cujo marido jamais apareceu numa HQ.

















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Em outra aventura, um momento hilário: o Fantasma- sem querer, é lógico - beija Lily, pensando que era Diana, que aliás precisou ser raptada por ele para não casar com um tal de Bob. Ela não deu a menor importância ao fato de Kit ter declarado que a amava realmente. E mais tarde, quando Diana aceita o pedido de casamento do Fantasma, o trabalho dele impede.
Venenosa, Lily passou anos a fio cobrando de Diana um posicionamento a respeito do Fantasma, que passava longas temporadas longe, metido em aventuras na África, e sem dar muitas notícias; era o trabalho dele, porém a megera não queria saber, e chegou mesmo ao ponto de rasgar uma carta dele, na tentativa de separá-los definitivamente . É claro que a confusão se armou: Diana entrou em mais uma roubada: um emprego no navio Senhora Fortuna...e seu amado apareceu para salvá-la.
Íntimamente,porém, Lily Palmer sempre soube que o Fantasma era um bom homem, e que Diana jamais desistiria dele - só que o preconceito dela sempre prevaleceu, mantendo a guerrinha particular Sogra X Genro.

E nem assim a véia se emendou; durante décadas, continuou tramando diversas vezes para separar o casal.
A eterna empata-foda…
Por essas e muitas outras, um dia o Fantasma deu um sábio e prático conselho a Capeto:
Só que a maioria dos heróis humanos às vezes (quase) cede às tentações que levam à infidelidade - é praxe nas HQs em geral alguma(s) aventura(s) em que é praticamente impossível evitar o célebre Amor Bandido - e o 21º Fantasma não é uma exceção: além de muitas vezes usar seu charme para seduzir inimigas e assim escapar dos mais variados cativeiros e fortíssimas ameaças de morte, ele suou muito para não assumir para si mesmo que esteve muito perto de se envolver - ainda que fosse só pra dar umazinha - com a belíssima Princesa Sin. E não há como negar essa paixão mútua & recíproca. Confira:






Voltando a Diana, a cerimônia do casamento com o Fantasma demorou uns 40 anos para ser realizada: em 1978, na selva de Bangala, seguindo a tradição dos antepassados dele, e com direito a uma grande aventura antes.










































































A lua-de-mel foi na cabana de jade presenteada pelo Imperador Joonkar ao 7° Fantasma, na Praia de Keela-Wee, onde a areia é de ouro quase puro, e com direito a uma tentativa de assalto no caminho para a Ilha do Éden.






















Cerca de um ano depois, tiveram um casal de gêmeos – Kit e Heloise - nascidos na Caverna da Caveira porque Diana resolveu manter a tradição do Fantasma, que estava disposto a quebrá-la e levar a mulher para uma maternidade nos Estados Unidos.



















































































O menino,como todo Fantasma,herdou o nome do pai e de quase todos os ancestrais; a menina teve a capacidade,ainda recém-nascida,de decidir como seria chamada.






Eles cresceram na selva, brincando com as crianças da Tribo Bandar e o irmão adotivo,Rex...

...com direito a uma casa muito especial numa árvore...

Eles cresceram felizes na selva, ao lado do irmão adotivo, Rex, de origem misteriosa - abandonado ao nascer, foi adotado por um casal de missionários,que morreu de febre pouco depois - acabou acolhido pelo Fantasma (bem antes dele se casar), e sempre o chamou de "Tio Walker", o qual,sempre muito paciente...


...permitiu-lhe ter dois mascotes muito especiais,que sempre foram muito unidos,além de companheiros de aventuras de Rex e seu melhor amigo,Tom-Tom,os quais cresceram juntos:
O elefante Joomba...

...adotado ainda bebê, quando o Fantasma o salvou de caçadores...
E a pantera Kateena...

...também recolhida - ainda filhote - na selva. E como parte do adestramento, fez um estágio na Ilha do Éden para aprender a comer apenas peixe, e assim nunca atacar outros animais ou seres humanos.
E como ele tinha todo o direito de saber suas origens, começou a especular,e o Fantasma, com apoio de Diana, viajou para checar as informações. Descobriu que Rex era o herdeiro de um reino,pois ficou órfão ao nascer: a mãe, uma princesa, morreu no parto; o pai -´plebeu e estrangeiro - foi assassinado,e o avô materno mandou-o para adoção,mas devido a uma trama política, pensava que ele havia morrido.
























Muito tempo depois,houve a rápida aparição de Ann - prima de Diana - e o marido,numa viagem a trabalho:


O Velho Mozz sempre conta ao 21º Fantasma muitas histórias dos membros da dinastia, para ajudá-lo a resolver crimes e combater inimigos que descendem de integrantes de antigas quadrilhas: