MAPA DO BRASIL SEGUNDO OS NORDESTINOS
DICIONÁRIO DE ALAGOANÊS
ABAIANADO;APAPAGAIADO: Muito enfeitado, cores berrantes, sem bom- gosto.
ABILOLADO; ABESTADO; ABISTUNTADO;BESTA;BILOLÔ:LESO: Idiota.
ABRIR: Achar graça; rir; sair da situação para fugir das conseqüências, acovardar.
ABUSADO: Atrevido, metido, enjoado; pessoa chateada, com raiva.
ACERTAR NA VEIA-MESTRA: Engravidar uma mulher.
ACOCHAR: Apertar, forçar uma confissão, dar duro.
AFULEIMAR: Inflamar.
AFULOSADA: Mulher de vagina enlarguecida, muito aberta, que não é mais apertadinha.
AFULOSADO; ARROMBADO: Homem do cu enlarguecido.
AGOADO: Pão de massa fina na forma de dois rocamboles juntos.
AIÉGUA; AIZÉGUA: Interjeição de lamento
AJUIZAR: Dirigir partida de futebol;apitar o jogo; ser o juiz.
ALUÍDO: Rosca danificada, que não aperta mais.
AMANCEBAR-SE; AMASIAR-SE: Juntar-se com alguém, viver junto sem casamento,viver m mancebia,ser amancebado.
AMARFANHADO: Mal-vestido, desalinhado, amarrotado.
AMOLEGADO: Remexido, apalpado, revirado.
AMOSTRADO: Exibido, que gosta de aparecer, de se mostrar.
AMUADO: Emburrado, chateado.
AMULEJO: Feixo de mola de carro.
AMULESADO: Afeminado, que tem jeito de mulher, bicha.
AMUNDIÇADO: Mal- educado (principalmente nas refeições).
ANCHO: Feliz, elogiado.
ANDAÇO,CORREDEIRA,DESONERAÇÃO,ESCORRENÇA: Diarréia.
ANTRESONTONTE; TERNANTONTEM: Antes de antes de ontem.
APERREADO: Aquele que passa um aperreio,ou seja,agoniado, apressado, com dificuldade, aperto, impaciente, nervoso.
APILAR COCÔ: Dar a bunda.
APLICAR XEXO,DAR UM XEXO: Dar calote;não pagar uma conta;fazer cambalacho; sair sem pagar; não pagar e fugir; também se refere ao seixo (pedra).
APOQUENTAR: Chatear, amolar a paciência.
APROCHEGAR: Chegar mais perto; se aproximar
ARATACA: Nordestino, cabeça-chata; armadilha para pegar ratos.
ARENGA; ARRANCA-RABO: Intriga, briga,criação de caso, fuxico,resmungo,rolo.
ARFAR: Sentir mal-estar porque comeu demais.
ARIADO: Desorientado.
ARREMEDAR: Imitar.
ARRETADO: Muito bom, muito legal.
ARRIADO: Abaixado; indica também "estar apaixonado".
ARRIBAÇÃO: Versão sertaneja do feijão tropeiro ou baião de dois (feijão com arroz).
ARROCHAR,XUMBREGAR: Apertar, dizer desaforo, tirar uma casquinha (sarrar).
ARROCHADINHA: Mulher de vagina apertadinha.
ARRUDEIO: Caminho maior, desvio, volta por fora,caminho pelo outro lado.
ASSUNTAR: Pensar, refletir, tratar de um assunto.
ATARANTADO: Atarefado, confuso com muitas coisas a fazer.
ATROADO,AZURETADO: Atrapalhado, perturbado, confuso,irritado,desconcentrado.
AVE: Interjeição de espanto (Ave Maria!).
AVEXADA: Com muita pressa, preocupada, nervosa.
AVIA!: interjeição para apressar alguém (Avia, mulé!).
AVIÃO: Jogo de amarelinha (brincadeira infantil).
AZEITONA: Fruta conhecida como brinco-de-viúva; cocô de cabrito.
AZOGADO,AZURUÓ,AZUADO: Louco, doido, endiabrado,perturbado
AZOGUE: Ímã.
AZULADINHA: Nome de uma cachaça local.
AZUNIR: Jogar, sacudir.
BABÃO,BALANÇA-OVO,CHELELÉU: Puxa-saco.
BACALHAU DE PORTA DE VENDA: Pessoa muito magra e desconjuntada.
BAGULHO,CANHÃO; MEQUETREFA: Mulher feia,desajeitada.
BAIANICE: Coisa bagunçada, sem organização, sem estética ou critérios.
BAIXA DA ÉGUA: Lugar muito distante e/ou imaginário.
BALAIO DE GATO: Coisa ruim, confusa.
BANANA ANÃ: Banana grande e mais doce, banana d'água.
BANDA DE BOLSA: Pessoa ruim.
BANDULHO, BANDÚRRIO: Estômago.
BARATA DE IGREJA: Beato, carola.
BARRA DO DIA: Nascer do sol.
BARRA-TOMADA: Brincadeira infantil .
BARREIRO: Açude, fosso cavado para conservar água de chuvas.
BARRIGA GRANDE: Natural da cidade de Monteirópolis.
BARRIGA DE CACHORRO MAGRO: Aquele que come tudo de uma vez e depois fica sem o que comer.
BATATINHA: Batata-frita.
BATER BOLACHA; BATER CAIXETA: Ato sexual próprio das lésbicas, toque lésbico; masturbar-se.
BATER BRONHA; BATER CAIXETA: Masturbar-se; copular.
BATOCO; TOCO: Pessoa de pequena estatura.
BATOQUE: Pedaço arrancado de objetos ou da pele de pessoas.
BEATA: Devota de igreja; ponta de cigarro.
BEBEMORAR: Comemorar com bebida.
BESTICE: Besteira..
BEXIGUENTO: Canalha, cretino, patife,.
BIBOCA: Rua estreita e escondida de bairro pobre, rua ou lugar afastado, escondido.
BICHO DA BESTA: Pessoa abobalhada.
BICO DOCE: Aquele que beija muito ou é muito beijado.
BIGU: Carona.
BIGUZEIRO: Aquele que sempre procura carona porque não quer pagar passagem.
BILOLA; BILUNGA; BIMBA; PINTA; PRATIVAI; ROLA; TECHUPA; TULAMBE: Caralho
BILÔRA: Desmaio
BIMBAR,USAR A BIMBA;CASAR NA IGREJA VERDE;CHAMAR NA GRANDE; DAR UMA FOFADINHA;ENCANGAR; FOFAR;FURIFAR;METER O SARRAFO; TORADA; VADIAÇÃO: Transar.
BISCAIA;CATRAIA; MOCRÉIA; GUERREIRA;MULHER-DAMA;MULHER-DA-VIDA;
PIRANHA; PINIQUEIRA;PIRARA;RAPARIGA;PUARA;QUENGA:Puta.
BIZU,PESCA: Cola de prova.
BIZUNGA: Beija-flor.
BOBA DA PESTE: Interjeição de raiva, algo muito ruim.
BOCA DE CAIEIRA: Sujeito bravo, valente.
BOCA DE SIRI: Aquele que não conta nada a ninguém; refere-se também aos políticos que nunca se manifestam.
BOCA QUENTE: Pessoa importante, que tem influência ou experiência.
BOCAL,BOGA,CHICOTE, CIEBA; FEVEREIRO, FORFITE FIOFÓ; FOGAREIRO; FREDERICO; FRIVIOCO;GAITA; PORTINHA DO SIM SENHOR; PORVARINO; ZÉ DO BROQUINHA: Cu
BOFADA: Barulho fofo.
BOIAR: Parar por cansaço.
BOLACHEIRA: Lésbica.
BOLO DE ROLO: Rocambole.
BOMBA: Tipo de confeito, bombom; dinheiro; posto de gasolina.
BORÓ: Dinheiro; cigarro de pobre.
BOROCOXÔ: Triste, cabisbaixo, sem ânimo.
BOTAR BUCHO: Engravidar.
BOTAR GALHA: Cornear, botar pontas, chifrar.
BOTAR O BEZERRO, VOMITAR O PILÃO DE OURO: Vomitar de tanto beber.
BOZÓ: Dado (de jogo).
BREGUEÇO: Indivíduo ou algo desclassificado, uma coisa qualquer.
BROCO: Pouco inteligente, burro, aquele que precisa que lhe repitam as coisas .
BRUGUELO: Criança pequena.
BUCHADA: Comida feita com picado de vísceras cozidas dentro do bucho.
BUFAR: Peidar; soprar de raiva.
BUFO-BUFO: Pancadaria.
BULIR: Mexer, provocar, irritar, deflorar.
BUTIJA,GUARDADO: Espécie de tesouro (dinheiro, jóias, ouro)
CABAÇO: Hímen.
CABAÇUDA: Mulher virgem .
CABEÇA DE ROLA DOIDA: Cabelo curtinho de mulher.
CABEÇÃO: Vestido de baixo, tipo robe, muito usado antigamente.
CABRA: Homem.
CABRA DE PEIA: Homem safado.
CABRÃO: Pessoa robusta, desenvolvida, grande.
CABREIRO: Matreiro, manhoso, mulherengo não exibido, desconfiado.
CABRESTO: Pele atrás da glande do pênis, cabaço do homem.
CABRITO: Menino atrevido; pequeno roubo.
CAÇOLA: Calcinha .
CACULO: O que passa da medida de um copo um montinho pra fora (apenas sólidos).
CADÁVER AMBULANTE: Magro demais, esquelético.
CAGADA: Comida feita com carne de cágado.
CAGADA E CUSPIDA,ou CUSPIDA E ESCARRADA: Muito parecida.
CAIVARA: Pessoa ou animal velho e magro.
CAIXA DOS PEITO: Tórax, peito.
CAIXA PREGO: Lugar muito distante, muito longe.
CALANGO: Espécie de lagarto do mato.
CALIFOM: Sutiã.
CALUNDUM: Triste, emburrado
CAMBOTA: Pessoa que caminha de pernas abertas (joelhos separados).
CAMBRECÁ: Carro velho, calhambeque.
CAMBRIÃO: Amante, amásio.
CANGA: Cesto de carga de animais; espécie de saia de praia.
CANGUINHA: Pão duro, que não gosta de gastar o que tem.
CÃO CHUPANDO MANGA: Mais feio que o capeta; reconhecidamente bom no que faz.
CAPIONGO: Tristonho.
CARA DE FUN-DE-LÔ: Xingamento.
CARA DE LOLÔ: Cara de descabriado, de desconfiança.
CARA BRANCA: Político da situação.
CARA PRETA: Político da oposição.
CARNE DE GADO: Carne bovina.
CARRASPANA: Cachaça.
CARREGO,ELEMENTO: Pilha.
CARTEIRA: Tipo de pão que tem formato de carteira de documentos.
CASAMENTO DA RAPOSA: Chuva com sol forte.
CASSACO: Espécie de gambá de hábitos noturnos; trabalhador da época de secas do DNOCS.
CATABIL: Buraco de estrada que causa solavanco no veículo.
CATENGA: Lagartixa.
CATOTA,CRECA: Meleca .
CAVALO BATIZADO: Homem estúpido, grosseiro.
CEGA DEDÉ: Pessoa que não vê nada.
CÊRA DE SANTÍSSIMO: Pessoa pálida, amarelada.
CHAMADA: Grande trago de aguardente ou de outra bebida alcoólica forte.
CHAMAR NA CHINCHA: Atrair, agarrar para abraçar, trazer para si.
CHAMEGO: Carinho, excitação a dois, amizade íntima, paixão violenta.
CHAPÉU DE COURO: Beiju grosso de mandioca e côco.
CHAPULETADA: Tapa de mão aberta no pé do ouvido; pancada.
CHEIRANDO A LEITE: Referente a pessoas bem novas (geralmente meninas adolescentes).
CHEIRO: Beijo.
CHIMBRA: Bola de gude.
CHOCHA-BUNDA: Feijão de corda.
CHUCHADA: Golpe desferido por instrumento perfurante; dor de cabeça.
CIGARRO BRANCO: Cigarro com filtro.
COBRIR O RANCHO: Quando os pelos pubianos estão nascendo na menina.
CÔCO: Além de fruta,é dança folclórica alagoana.
COCOROTE: Cascudo, croque, pancada com a mão fechada na cabeça.
COISA POUCA: Pouca coisa, algo em pequena quantidade.
COISA RALA: Coisa fraca, líqüido aguado, pouco concentrado.
COIVARA: Queimada na roça para preparar para o plantio.
CONFEITO: Qualquer bala ou caramelo.
CORDÃO CHEIROSO: Fio dental (biquíni,tanga).
CORPO REIMOSO: Organismo sem defesas, doente.
CORREIA DE PONTA: Pessoa muito amiga, muito ligada (e vice-versa).
CONVERSA DE MENINO AMARELO: Explicação ou desculpa mal-arranjada.
CRIOULO: Tipo de pão que tem duas metades emendadas.
CUIA: Qualquer vasilha.
CURURU: Tipo de sapo; transporte clandestino de navio; o fusca.
CUSTAR OS CABELOS DA CABEÇA: Custar muito, mais do que se tem para comprar.
DAR UM PEGA: Tirar um sarro, sarrar.
DAR UMA BIFA: Bater, dar uma porrada.
DAR UMA PIABA: Dar um cascudo ou tapa, bater.
DAR UMA RABEADA: Uma puxada brusca para um lado ( o veículo), derrapada.
DEIXAR AOS IMBOLÉU: Deixar à-toa.
DEIXE DE ARENGA!: Pare de brigar, de criar caso, de reclamar.
DENTE DE CANGULO: Dentuço.
DENTE QUEIRO: Dente do juízo, dente de siso, último dos dentes molares.
DERRADEIRO: Último.
DESCABAÇAR: Tirar a virgindade, romper o hímem, desvirginar.
DESCATEMBAR: Desmantelar, desmanchar, desalinhar.
DIACHO: Interjeição de espanto; Que diabo!.
DIGA AÍ: Oi!, Olá!.
DIGA AÍ GRANDE!: Saudação a alguém a quem se quer agradar.
DISCABRIADO: Desconfiado, que faz cara de desconfiança.
DISGRAMADO: Desgraçado.
DISMINTIR: Torcer.
DOENÇA DO MUNDO: Doença venérea.
DOIS GATOS PINGADOS: Situação onde há pouquíssima gente, umas duas pessoas.
DONA MARIA: Tratamento dado a desconhecidas pelas pessoas mais simples.
DO TEMPO DO RONCA: Bastante antigo, velho, ultrapassado, fora de moda.
E A POIS: Pois é, pois não, então.
É LASCA!: Expressão usada para uma reclamação.
É LOITA!: É difícil, algo que requer "luta" para se conseguir.
EITA PEIGA!, EITA POCHA!, EITA PORRA: Interjeições de espanto.
EMBOLADA: Tipo de canto (e música) que liga as palavras da letra, embolando-as.
EMBORCAR: Virar, deixar de cabeça pra baixo.
EMBURACAR: Entrar.
EMPANADA: Lona de pano que cobre o circo.
EMPRENHAR: Engravidar.
ENFIAR O FACÃO NA BAÍNHA: Homem que "aposenta" seu falo; mulher menstruada.
ENGENBRADO: Dolorido, com doença reumática, corpo cheio de dores.
ENGUIAR: Ter náuseas, engulhar.
ENGUIO: Vômito .
EMPENAR O PNEU: Estar embriagada, alcoolizada.
ENREDAR: Fuxicar, fazer enredo, mexericar, intrigar.
ENTABICADO: Repleto, cheio, entupido.
ESBAGAÇADO: Destruído, esmagado, amassado.
ESBORRAR: Transbordar.
ESCATEMBRADO: Estragado, deteriorado.
ESCORRENÇA: Diarréia.
ESCORRUPICHADO: Pessoa magra, de pescoço comprido; cabelo esticado a força.
ESGUERADO: Com grande apetite, esfomeado.
ESPANTA-BOIADA: Pássaro conhecido como Quero-Quero.
ESPILONGADO: Pessoa alta, magra, de pescoço comprido; algo esticado.
ESPINHELA CAÍDA: Arca caída.
ESPIVITADO: Atrevido, intrometido, assanhado, irrequieto, saliente.
ESPREMEDEIRA: Diarréia em criança de braço..
ESTAMBO; ESTOMBO ISTROMBO; ISTAMBO: Estômago.
ESTAMBOCAR: Quebrar parte do reboco.
ESTAR COM A MULÉSTIA: Estar zangado, agitado.
ESTAR COMO BOSTA N'ÁGUA: Sem pouso nem paradeiro, sempre em movimento.
ESTAR COM PICHILINGA: Situação do homem cuja mulher teve neném recentemente.
ESTAR DE BOI: Estar menstruada.
ESTAR VIRADO NO CÃO: Estar doido, enfurecido, afoito, com muita força.
ESTIRNIDO: Estreito, apertado (com relação a roupas).
ESTIRNIR: Apertar em demasia uma peça de roupa.
ESTOPORAR: Estourar (de calor); sofrer derrame ou congestão cerebral.
ESTREPADO: Lascado, fodido.
ESTRIMILIQUE: Desmaio.
EU MAIS VOCÊ: Nós, você e eu.
EXONERAR; FAZER O SERVIÇO: Defecar.
FARINHA AZEDA: Pessoa ruim.
FARNESIN: Mal-estar alimentar.
FAROFADA: Reunião de pessoas ou grupos para fazerem piqueniques ou uma festinha na praia ou em clubes... Levando as suas próprias comidas e bebidas. (Lembrando sempre de levar alguma coisa com farinha).
FARRAPAR: Não comparecer ao encontro combinado.
FATO: Intestino, vísceras.
FAZER A FEIRA: Ir ao supermercado.
FAZER MAL À MOÇA: Deflorar uma jovem, tirar sua virgindade, transar.
FAZER O BALÃO: Fazer o retorno com o veículo, retornar.
FAZER SABÃO: Transa lésbica.
FAZER UM GATO: Fazer uma ligação de luz clandestina (roubar energia).
FEIJÃO DE CORDA: Típico feijão da alimentação nordestina.
FEIRA DO PASSARINHO: Tumultuada feira de Maceió, onde há de tudo, até peças roubadas.
FILA: Pesca (de prova), cola.
FILÉ: Mulher exuberante, gostosa; tipo de renda artesanal local.
FLAU: Saquinho plástico que tem suco congelado e que se chupa como sorvete.
FORDUNCO; FURDUNÇO: Desordem, bagunça.
FROCAR: Amarelar, acovardar-se, desistir da empreitada.
FLOREIO: Conversa sem sentido, palavras ocas, vazias, só de enfeite.
FLORZINHAS;PERSEGUIDA; PERIQUITA;PRIQUITA:PREXECA;TABACA;TABACO; XERECA; XENHENHÉM XIBIU; XIRANHA ;XOXOTA: Buceta.
FOLOTE: Frouxo, franzido, fofo.
FONHÉM: Fanhoso, que tem voz anasalada.
FOUVEIRO: Sujo, desbotado, de cor indefinível.
FOTEIRO: Fotógrafo.
FRUVIAÇÃO: Piodermite em torno do pescoço, em crianças.
FUÁ; FUZUÊ; MAFUÁ: Bagunça, desordem, confusão.rolo, conflito.
FUBAZENTO; FUBENTO: Sujo, desbotado, acinzentado.
FUBA: Coisa sem valor, fuleira; fubá.
FULEIRAGEM: Algo que não tem seriedade, brincadeira, perturbação, frescura.
FULEIRO, FULENGO: Mole, idiota, sem força, fraco, sem valor. rapazinho, adolescente.
FULÔ: Flor.
FULORAR: Florar, florescer.
FUTRIA: Intriga, fuxico, futricação.
FUTUM: Mal-cheiroso, podre.
GABIRU: Rato grande, ratazana.
GALALAU: Homem muito alto.
GALEGO: Pessoa de cabelo louro.
GALINHA À CABIDELA: Galinha ao molho pardo.
GALINHA DE CAPOEIRA: Galinha caipira.
GAMÃO: Problema técnico, dificuldade, complicação.
GAMBA: Zona, região de puteiros e quengas.
GARAPA: Qualquer líquido muito doce; cachaça com mel; bebida c/ muito açúcar.
GASTAR OS CABELOS DA CABEÇA: Gastar exageradamente em compras.
GASTURA: Agonia, mal estar.
GATO: Ligação elétrica clandestina.
GIRIMUM; MENDRONGO; MENONGO: Abóbora.
GOGA: Risos, algazarras, brincadeiras com muitos risos.
GOGÓ: Mamadeira; parte da frente do pescoço.
GOGÓ DA EMA: Um coqueiro que não existe mais.
GONGORÁ: Pessoa interesseira, que bota o olho grande.
GONGORAR: Espreitar disfarçadamente com interesses, rondar, botar o olho.
GORADO: Ovo de galinha estragado.
GOTA SERENA: Interjeição usada quando a pessoa está com raiva ou indignação.
GRELO;PINGUELO: Clitóris; broto de feijão.
GRUVIÃO: Espécie de gigolô; também usado no sentido de otário.
GUAIAMUM: Tipo de caranguejo.
GUENZO: Atordoado, inseguro, bamboleante, adoentado, lerdo, fraco.
GURIATÃ: Pássaro cantante,também chamado Sete Cores.
HISTÓRIA DE TRANCOSO: Estória, conto para crianças.
HOMEM-CATENGA: Aquele que balança a cabeça concordando com tudo.
IMPRASTE: Curativo.
INCHUNFRA: Provocação.
INCOMBO: Doença, incômodo.
INCRAMUAR: Caprichar.
INCUNIVAR: Enredar, intrigar.
INHAFO: Interjeição de espanto.
INTERIOR: Qualquer lugar que não seja a capital (mesmo no litoral).
INZIPA: Coceira estranha e descamativa das pernas.
ISBILITADA: Muito cansada, estressada, desgastada.
ISBIUTAR: Bisbilhotar.
ISTRUIR: Desperdiçar.
ISTRUMO: Estrume, esterco de gado.
IXE; ÔXE: Interjeição de espanto .
IXE MARIA: Interjeição de espanto (Virgem Maria!)
JABURU: Pessoa gorda, sem atrativos.
JAPONESA: Sandália de tira tipo havaianas.
JOGAR UMA REBOLADA: Jogar uma pedra.
JUÍZO: Cabeça.
JUMENTA: Mulher muito bem- torneada.
JUMENTO BATIZADO: Pessoa analfabeta, grosseira.
JUMENTO SEM MÃE: Pessoa sem importância, joão-ninguém, vagabundo..
LAMBE-CINZA: Cachorro vira-lata.
LAPADA: Dose de cachaça.
LAPISEIRA: Peça que faz a ponta do lápis, apontador.
LARANJA CRAVO: Tangerina.
LARANJO: Cor entre amarelo e vermelho, alaranjado.
LATOMIA: Barulho.
LAVAR A JEGA: Se dar bem.
LAXADO: Rachado, lascado.
LEITE DE GADO: Leite de vaca.
LESADO;LESO: Idiota, amalucado, abestalhado.
LIMPAR O SALÃO; TIRAR CATOTA: Tirar melecas do nariz
LOLÓ;LANÇA-PERFUME: Droga de inalar, como éter.
LOMBA;MUNGANGA;RESENHA: Fato engraçado.
LOMBRIGA DE CU DE POBRE: Pessoa magérrima.
LOPREU: Diabo.
LUBAMBO: Engodo, trapaça.
LUSTRIDO: Atrevido, metido; sabido, esperto.
MACACO: Polícia.
MACAXEIRA: Aipim, importante raiz comestível.
MACIÇO: Parte sem osso da carne.
MACURERÉ: Tipo de queijo do sertão alagoano que demora dois anos para ser feito.
MÃE DO CORPO: Útero.
MAGOTE: Uma boa quantidade, certa porção ou valor considerável.
MAÍNHA: Forma carinhosa de chamar a mãe.
MALACADA: Peteleco.
MALANGUNZO; AMARFUNHADO: Mal-vestido, mal- arrumado,.
MALHÃO: Aquele que vive malhando.
MALHAR;MAIAR: Sair sem pagar a passagem do ônibus; entrar s/pagar ingresso.
MALOQUEIRAGEM: Ter atitudes de maloqueiro, bagunça, vadiagem, brincadeira com alguém.
MALOQUEIRO: Aquele só quer bagunçar, tem aparência de mendigo, trombadinha, vadio, pivete.
MALUDO: Corajoso, valente.
MANÁ SUM-SUM: Dinheiro.
MANGA DE COLETE: Coisa que não existe.
MANGACHEIRO: Vendedor de ervas.
MANGANGÁ: Besouro preto.
MANGAR;ZONAR: Rir da pessoa, caçoar, gozar.
MANSABIQUEIRO: Desconfiado, matreiro, ardiloso.
MÃO DE MILHO: Apanhado de 50 espigas de milho.
MÃO DE SEBO: Pessoa que deixa as coisas escorregarem da mão, "mão-furada".
MAQUEIRA: Trapos, roupas que não prestam mais.
MARIA FILICIANA: Mulher alta.
MAROMBEIRO: Moroso no trabalho, que finge que está trabalhando.
MARUJADA: Folguedo.
MARUJOS DO ROSÁRIO: Folguedo conhecido como Congo ou Congada.
MAS É NADA !: Interjeição de indignação, indicando não concordar ou permitir algo.
MASSA: Legal, muito bom.
MATEUS: Figura cômica de negro dos Reisados e outras danças típicas.
MAZELA: Ferida, doença; também indica babaca, otário.
ME DEIXE!: Nem me fale nisso!
MEIOTA: Dose de cachaça.
MEIZINHA: Remédio caseiro.
MELADO:Aquele que está cheio de "mé", alcoolizado, embriagado, que tomou "umas".
MELAR: Colocar coringa para fazer uma canastra (jogo de cartas); estragar, falhar.
MIJÃO; COBRINHA: Artefato junino que ao acender sai sem direção.
MIJO DE CAVALO: Tipo de cogumelo.
MINDUADA: Remédio de curandeiros com vários ingredientes.
MINDUBA: Cachaça.
MIOLO DE POTE;ÁGUA: Besteira, bobagem.
MIOLO DE TRIPA: Fezes.
MIORANÇA: Melhoria.
MISORÓ: Pessoa miserável, cafajeste, canalha.
MISTURA: Alimento que acompanha o feijão (carne,peixe,etc.).
MITRA DE BISPO; SOBRECU: Cu de galinha.
MOÇA BRANCA: Cachaça.
MOÇA PERDIDA: Aquela que não é mais virgem, que entrou na perdição.
MÔCA: Surda.
MOCÓ: Tipo de roedor; feitiço.
MOCÔ: Acontecimento fantástico, sem explicação, magia, bruxaria.
MÓDIS: Absorvente feminino.
MONDRONGO: Cheio de caroços, deformidades.
MOQUICO; MUQUIFO: Lugar sórdido.
MORTE PELENGA: Pessoa magra, frágil.
MOTOR A FOGO: Automóvel.
MOURÃO: Vaquejada pequena.
MUCUIM: Inseto muito pequeno que causa coceiras e irritação na pele.
MUCUIM COM TOSSE: Pessoa pernóstica, sem valor, porém presunçosa.
MUFINO: Medroso, sem coragem.
MULHER ARROCHADA: Mulher apertadinha.
MULHER QUE BRINCA: Aquela que topa transar.
MUNDIÇA: pessoa suja, sem classe, ralé.
MUNGANGA: Careta, gesticulações cômicas.
MUNGANGUEIRO: Aquele que faz caretas, mungangas.
MUNGUZÁ: Canjica.
MURAMBUDO: Triste.
MURIÇOCA: Mosquito, pernilongo.
NÃO SE AVEXE!: Não se preocupe!
NAMBU: Ave de caça.
NA TABA DA VENTA: Diante do nariz, na cara.
NEGO: Forma cordial de tratamento.
NEGO PRETO: Crioulo, negro.
NO AÇO: Com a moléstia; algo com firmeza.
NÓ NA TRIPA: Apendicite; congestão.
NOPRÓ: Volvo, nó na barriga ou pele, como um caroço ou calombo.
OFENDER: Usado no sentido de fazer mal à barriga (alimentos e bebidas).
OIÇAS: Ouvidos.
OVO VIRADO: Aquele que está virado no cão, doido, aperreado, agoniado.
OXE; OXENTE: Interjeição de espanto.
PAÇOCA: Prato com carne de sol frita e amassada com farinha grossa de mandioca.
PAGOGA: Cigarro de palha.
PAIEZA: Besteira, bobeira, babaquice.
PAÍNHO: Forma carinhosa de chamar o pai.
PAMPÃO: Caju grande.
PANCADA DE CEGO: Golpe sem direção, que pode atingir qualquer pessoa ou coisa.
PANQUEBA: Aquele que manca do pé.
PANTINHO: Tique nervoso, frescura, descontrole, faniquito, munganga.
PAPA ANJO: Homem que gosta de namorar ou transar com meninas bem novas.
PAPA FIGO: Criatura lendária que come o fígado das crianças.
PAPÃO: Caçapa, o buraco no chão no jogo de ximbra.
PAPOCAR: Estourar, arrebentar, explodir.
PAPOCO: Estouro, pipoco.
PAREIA: Amigo.
PARIDEIRA: Mulher que tem muitos filhos sem parar, que vive parindo.
PARRAPAPÁ: Um som característico de festa, discussão, dança, etc.
PARRECO: Bunda.
PASSADO NA CASCA DO ANGICO: Experiente, maduro.
PASSAPORTE: Sanduíche com vários recheios vendido em praias e praças.
PASSAR RAIVA: Mamão papaia.
PASSAR GATO: Repreender.
PASSAR PELO PAU DO CANTO: Ser aprovado com pontuação mínima, passar raspando.
PASTORIL: Dança folclórica alagoana.
PAU D'ÁGUA; PÉ DE CANA; PINGUÇO: Cachaceiro.
PAU DE ARARA: Caminhão coberto que transporta muitas pessoas na carroceria.
PAU DE FOGO: Espingarda ordinária.
PAU DENTRO: Cachaça.
PECINHA; GATA: Mulher deslumbrante.
PECINHA DE USINA: Mulher feia.
PEÇONHA: Secreção de ferimentos, pus.
PÉ DE LÃ; PÉ DE PANO: O amante da mulher.
PÉ DE PAU: Uma árvore qualquer.
PEGAR CABACINHO: Homem que pega moças virgens, que tira o cabaço delas.
PEGAR O BALÃO: Pegar o próximo retorno de veículos, retornar.
PEIA: Pênis.
PEIDANÇA: Vários peidos.
PEITO DE VELHA: Flau.
PEIXEIRA: Facão curto e muito cortante, arma muito comum.
PENDENGA: Desentendimento, discordância.
PENSAR QUE BIRIMBAU É GAITA: Estar enganado, iludido.
PERENGUE: Doente em estado grave.
PERLUCHE: Espécie de maracujá pequeno.
PERRECO: Peixe pequeno.
PERU: Bebida alcoólica que leva mel (geralmente vinho ou aguardente).
PESTE ENCAIBADA: Xingamento.
PIÃ: Pestanejar de sono.
PIABADA: Balanço brusco da cabeça (quando ela despenca) de quem começa a cochilar sentado.
PICHILINGA: Bicho da galinha e outras aves; coisa muito pequenina.
PICINÊS: Óculos.
PICUÍNHA: Implicância.
PIGOILANA: Pessoa zangada, braba, irritada.
PÍLULA BUFANTE: Batata-doce.
PINDIBA: Encrenca, briga.
PINDUNGO: Garrote magro, raquítico.
PINGADEIRA: Coriza.
PINGUEIRA: Goteira.
PINGUELO: Clitóris.
PINHA: Fruta do conde, ata.
PINICÃO: Beliscão.
PIRANGUEIRO: Sovina.
PIRÃO DE LOURO: O vômito do bêbado.
PIRIAR: Fugir.
PIRIRI: Desinteria.
PIOLHO DE CIGANO: Pessoa que não pára em lugar nenhum.
PISA: Surra.
PISSILONE: A letra "Y".
PITI: Desejo sexual intenso, forte apetite sexual, ânsia de sexo.
POCAR: Estourar, arrebentar, furar uma bola.
POGÊNIA: Marca de ferida pelo corpo.
POMBA LESA POMBA LEVE; Pessoa lesada, idiota,retardada, abobalhada, sonsa.
PONTA DE RUA: Indica baixa condição social, gentalha, ralé.
PORONGO: Cachaça; também significa peido.
PORRÓIA: Pessoa ordinária, sem coração.
PRÁ MODE: Para que, de modo a.
PREÁ: Espécie de rato grande, roedor.
PRECISÃO: Necessidade.
PREGO SEM ESTOPA: Pessoa que nega, por ter interesses e querer recompensas.
PRENHA: Grávida.
PRESA DE BICO: Beijo na boca.
PRESEPADA: Coisa bagunçada ou que não está apresentável.
PRESTANISTA: Vendedor que vai de porta em porta oferecendo produtos.
PREXECUDA; TABACUDA: Aquela que tem a buceta grande.
PROSEAR: Conversar.
PRUCÁ: Por cá, por lá.
PRUQUI: Por aqui, por ali.
PUIA: Graçola, piada.
PULAR AVIÃO: Brincar de amarelinha.
PUXAMENTO: Asma.
QUAEIRA: Vísceras, intestinos.
QUAEIRA ARRIADA: Hemorróidas, queda do reto.
QUARTO: Região lombar, por trás na altura da cintura.
QUARTINHA: Reservatório de água com a mesma função do pote.
QUARTUDA: Aquela que tem os quartos largos, bunduda ou de grande quadril.
QUEBRA QUEIXO: Doce de difícil mastigação, vendido pelas ruas.
QUEBRADURA: Hérnia.
QUEDE?: Cadê?, onde?
QUEIMADEIRA: Azia.
QUE SÓ; QUE SÓ A PEIGA;QUE SÓ A POCHA;QUE SÓ A PORRA: Muito, demais, bastante.
QUENGAR: Dormir com uma quenga ou se oferecer a homens.
QUENGO: Cabeça.
QUERECA: Feridinha, pereba.
QUIBA: Testículo.
QUIBONGO: Barriga grande (por comida, gravidez ou doença).
RABO DE OLHO: Olhar disfarçadamente, ou com ar de censura.
RABO DE JUMENTA: Bunda muito grande.
RADIOLA: Vitrola, toca-discos, som.
RAIA: Denominação local para pipa (de soltar).
RAIO DA CILIBRINA: Pessoa travessa, endiabrada.
RASGA-MORTALHA: Espécie de coruja.
RASPA-RASPA: Bebida vendida em carrocinhas, feita de xarope de fruta e gelo raspado.
RASPAR AS CANELAS: Trair o marido .
REGUINGAR: Não se conformar.
REINÃO: Menino danado, que mexe em tudo.
REINAR: Futucar, ficar mexendo por curiosidade, descobrir por tentativa, traquinar.
REISADO: Dança folclórica alagoana.
RELA-RELA: Escorregador.
RENCA DE BUFETE: Um monte de tapas.
RESENHA: Comédia, coisa cômica.
REZINGUENTO: Aquele que gosta de discutir ou de trocar palavras.
RIMINAR: Resistir, embaraçar.
ROBERTO CARLOS: Tipo de pão que tem raspinhas de côco em cima.
RODAGEM: Estrada, rodovia, pista.
ROLA-BOSTA: Besouro negro grande e forte.
ROLETE: Rodelas de cana para chupar, geralmente vendidas em espeto.
ROLO: Barganha, troca de mercadorias.
RONCHA: Mancha de pancada.
ROSCOF: Qualquer relógio.
RUBACÃO: Feijão com arroz.
RUMBEIRA: Dançarina de circos do interior que usa biquini.
SACI: Saquinho de suco que se toma espetando canudinho, vendido nas praias.
SACUDIR: Jogar fora, lançar.
SAIDEIRA: A última rodada, geralmente de bebidas,.
SAIMENTO: Inconveniência, descaramento, pouca- vergonha.
SAIR COM DOIS QUENTES E UM FERVENDO: Ir embora com raiva.
SAIR DE BANDINHA: Sair disfarçadamente, sem chamar atenção.
SALTA MOITA: Aquele que não pára quieto, que salta muito; tangedor de bois.
SAMAN GO: Policial de baixa patente.
SAPECADO: Trabalho feito de qualquer jeito, com pressa e sem a devida atenção.
SAPOCA: Saliência anômala do globo ocular, olho esbugalhado, grande.
SAPO DE RABO: Pessoa gorda de pernas curtas.
SARGAÇO: Plantas ou algas marinhas muito comuns no litoral alagoano.
SE ABRIR: Rir, achar graça.
SE APROCHEGUE: Se chegue, chega mais, fique mais próximo, mais perto.
SEBITE (diz-se “Sibite”): Espevitado, saliente, atrevido, intrometido, irrequieto,exibido.
SECAR: Esvaziar, emagrecer.
SECO: Vazio, magro.
SECURA: Desejo ardente ou desesperado, vício, fixação por fazer alguma coisa.
SÊDA: Tipo de pão bem macio.
SESSÃO BACURAU: Sessão ou reunião muito tarde da noite.
SESTRO: Desconfiado, cheio de melindres.
SEU ZÉ: Tratamento dado a desconhecidos pelas pessoas mais simples.
SIPITUCA: Crise nervosa, chilique.
SIRI BOCETA: Indivíduo manhoso, que tem lábias, conversador.
SOBRADA: Usado no sentido de quem tentou fazer uma curva e não conseguiu
(passou reto).
SOBROÇO: Mágoa, ressentimento; medo.
SOCA-TEMPERO; SOCA-SOCA: Espingarda.
SULAPO: Buraco.
SOLTAR O BICHO: Mulher ou viado que topa uma transa.
SUMBECAR: Esconder.
SUPITAR: Subir.
SURRA DE PICA: Ato sexual intenso do homem sobre a mulher para amansá-la.
SURRA DE PICA DE BOI: Surra violenta que utiliza artefato feito com o pênis do boi.
SURRA DE PRIQUITA: Ato sexual intenso da mulher sobre o homem para amansá-lo.
SURU: Animal de rabo curto ou cotó.
SURURU: Tipo de crustáceo de lagoa.
SURURU DE CAPOTE: Sururu com a casca.
SURURU DISPINICADO: Sururu que é aferventado e retirado da casca.
TABACUDA: Mulher que tem a buceta volumosa, estufada, visivelmente grande.
TABOCA: Pequena venda.
TÁ COM A GOTA!: Estar agitado, elétrico.
TÁ COM A GOTA QUE; TÁ COM A PORRA QUE; TÁ COM A POCHA QUE: Exprimem uma quase certeza que algo não poderá acontecer.
TALAGADA;GOLADA: Gole grande.
TAMBOEIRA: Espiga de milho desdentada,típica de setembro.
TAMPA DE BINGA: Homem pequeno.
TANGERINO; SALTA MOITA: Aquele que tange bois.
TAPADO: Ignorante, estúpido, que não entende de nada.
TAREFA: Medida agrária = 1/3 de ha, ou 3630 m2 (valor difere em outros estados).
TÁ VARIANDO! : Tá doido! ; Ficou louco!
TEJU: Tipo de lagarto do mato.
TENENÇA: Atenção, reparo.
TER MENINO: Parir, ter um filho (não importa se foi menino ou menina).
TERNANTONTEM: Antes de anteontem.
TERRA DOS MARECHAIS: O Estado de Alagoas, "as Alagoas".
TIBI: Cheio, satisfeito.
TIBORNA: Esgoto, vala de esgoto que fede, desembocadura de esgoto.
TIRAR DO SENTIDO: Esquecer, renunciar.
TOCAR BRONHA: Masturbar-se.
TOCO: Pessoa baixinha.
TOIA: Guimba, ponta de cigarro.
TOITIÇO: Piloro.
TOME TENTO! : Tenha juízo! Tenha vergonha! Tome jeito!
TORA: Dormir .
TORAR: Estourar, romper, arrebentar.
TOTÓ: Parte de trás do pescoço (contrário ao "gogó").
TRABALHO DE CARREGAÇÃO: Obra mal- feita, às pressas, sem acabamento.
TRAQUE BEBÉ: Artefato de festas juninas que estoura ao cair ao chão, estalo, estalinho.
TREPEÇA; TRIBUFU: Pessoa que atrapalha ou aborrece a outra.
TRIPA GAITEIRA: Saída do cu.
TRONCHO: Torto, envergado, desalinhado, fora de simetria.
TRONCHURA: Aquilo que está torto, desalinhado, mal-feito, mal-acabado.
TRUNCADA: Caminhão.
TRUVERO: Trazer alguma coisa.
UMBU: Fruta típica de Alagoas, muito nutritiva.
UMBUZADA: Creme ou doce feito de umbu.
URUBU CANGUEIRO: Pessoa alta, deselegante, que anda gingando, encurvado.
URUPEMA: Peneira de palha.
VALEI-ME!: Interjeição de espanto, surpresa, susto.
VARA DE BATER PECADO: Pessoa muito magra.
VARA DE VIRAR TRIPA: Pessoa muito comprida e magra.
VAREDO: Caminho dentro do mato, trilha,vereda.
VARIAR: Enlouquecer, dizer sandices.
VAPAPU: Tabefes, tapas.
VENTA DE PORRONCA: Nariz grande e grosso, narigão.
VICANDO: Mulher querendo transar.
VIXE: Interjeição de espanto.
VIRAR ESCAMBOTE: Virar cambalhota; cair.
VOCÊ MAIS EU: Nós.
VOÍNHA: Tratamento carinhoso para com a avó.
VOÍNHO: Tratamento carinhoso para com o avô.
VOLTA: Adereço colocado no pescoço, qualquer colar ou corrente.
VOMITAR O PIRÃO DE LOURO: Vomitar de tanto beber.
VÔO DE BACURAU: Ato de pessoa que não se arrisca, que não é empreendedora.
VOU-TE: Interjeição de espanto.
VOU-LE: Interjeição de espanto.
XANGÔ: Designação genérica para macumba, umbanda ou candomblé (local ou ritos).
XANGOZEIRO: Macumbeiro.
XEDÉIA: Prosa, conversa fiada.
XERECOLOGISTA: Ginecologista, médico de xereca.
XERÉM: Objeto precioso e desejado; também significa buceta.
XIMBRA: Bola de gude, bola de vidro, brinquedo de meninos.
XIBUNGO: Viado.
XINICA: Bosta.
XUMBREGAR: Sarrar.
XUMBREGO: Esfregar-se com safadeza.
ZAMBETO: Aquele que tem as pernas tortas (joelhos encostados).
ZÉ BOCÓ: Apalermado, bobão; também significa Cu.
ZÉ DAS QUANTAS: Um "zé-ninguém", ninguém importante.
ZÉ MUIÉ: Pederasta passivo; homem mole.
ZINIR: Azunir, arremessar, lançar, jogar.
ZONAR: Gozar, debochar, fazer por gozação, fazer bagunça.
ZUADA: Barulho alto ou irritante; muitas pessoas falando ao mesmo tempo.
ZUEIRA; ZUADA: Zumbido.
ZURETA: Estonteado, adoidado,amalucado.
SER MACEIOENSE É
Agradecer a Deus por ter nascido no paraíso.
Andar com a janela do carro aberta.
Andar na orla sem ter medo de ser roubado.
Cantar: "Ôôô Maceióó”.
Comer camarão a R$ 3,00 o prato cheio e lagosta a R$ 5,00 a unidade.
Comer carne de sol com pirão de macaxeira, charque,feijão tropeiro, tapioca, pamonha e pirão de sururu no almoço, quebra-queixo de sobremesa.
Comer milho cozido nas portas das faculdades.
Comer pastel no Magno e botar na conta.
Comer uma deliciosa tapioquinha no fim da tarde na praia.
Comprar um picolé caseiro Caicó.
Dizer que morar no Rio é legal,mas é uma droga.
Dizer que morar em São Paulo é uma droga, mas é legal.
Ficar feliz quando o DJ toca Reginaldo Rossi às 5:00hs da manhã na balada.
Ficar nervoso com a desgraça do Horário de Verão, porque é ruim demais sair da rede às 6:00 hs da manhã.
Gastar apenas R$ 10,00 com gasolina e isca e ir pescar na Lagoa Mundaú.
Ir a praia todo fim-de-semana e comer ovinho de codorna e amendoim a três por R$ 1,00 e ainda comer três carajés de uma vez.
Ir ao centro da cidade comprar suspiro.
Ir ao shopping olhar tudo e da mais dez voltas porque ele é pequeno.
Ir pra fila da Transpal todo mês.
Morar a duas quadras da praia, esteja onde estiver na cidade.
Não precisar andar com guarda-chuva, capa de chuva, jaqueta, bermuda, tênis, pois a temperatura é sempre 28°C.
Não ter rixa com cariocas, paulistanos, mineiros, até porque eles não lembram que
a gente existe.
Não usar "porra" como vírgula.
Passar o São João nas cidades de interior, nas festas de rua, e dançar forró até o sol raiar.
Passar uma semana fazendo varias etapas de entrevista para se conseguir um emprego.
Saber que as menores torcidas do mundo são a do CSA e do CRB.
Sair à noite sem medo.
Ser confundido com paraibano, sergipano, cearense e pernambucano.
Ser conterrâneo de Djavan.
Ter a Praias do Francês, Gunga e Maragogi.
Ter dúvida se a sigla de Alagoas é AG ou AL.
Ter o apelido "Maceió" em qualquer lugar que você vá,mas às vezes ser chamado de "Recife" e "Aracaju”.
Ter o MaceioFest.
Tomar uma gelada todo dia.
Ver a paulistada nos barcos que vão para a Prainha gastar centenas de reais "pra mode filmar nóis" pegando camurima.
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