Dicionário de Paranaês

MAPA DO BRASIL SEGUNDO OS SULISTAS























MAPAS DO BRASIL SEGUNDO OS PARANAENSES





































































DICIONÁRIO DE PARANAÊS



Amocado: Escondido.

Amolar: Incomodar

Anca: Quadril

Andeja: Andarilha

Aparecido: fantasma

Apoitar: amarrar na poita, atracar

Avacalhar: desmoralizar

Baita; Bruta: muito grande

Baixar: Aproximar-se de alguém que lhe chama a atenção; estar interessado(a)

Basculhar: procurar

Bedelhar ou bisbilhotar: imiscuir-se na vida alheia

Boanoitou: anoiteceu

Boleiro: mentiroso

Bochuda: grávida

Cainho: sovina

Campeando: procurando

Canja: fácil

Carpir: capinar

Ciar: ter ciúmes

Desgarrado: perdido

Enjerizado: mal-humorado

Entendida: parteira

Entojado: convencido

Esquentado: irascível

Estrepou-se: saiu-se mal

Fiote: Cu.

Gambito: perna fina

Ganja: atenção demasiada

Garrei: comecei

Guela ou grugumilo: garganta

Jaguara: ordinário

Já hojinho: há pouco tempo

Jojoca: Soluço

Jururu: triste

Lombo: costas

Macambúzio: triste

Maior Bode: Tudo em excesso, beber demais, dormir demais.

Mundeado: viajado

Pança: barriga

Paquera: intestinos

Parça: Parceiro pra festar

Parças: Galera de amigos

Perca: aborto

Pinchar: jogar

Pitoco: rabo curto

Prosa: convencido ou conversador

Recoluta: reunir o gado extraviado

Relar: ralar

Saído: confiado

Sapé: galhos secos do pinheiro

Sobejar: sobrar

Sura: sem rabo

Taimbé: precipício

Teatinando: vagando

Tipo assim: Expressão usada para explicar algo usando uma comparação.

Traste: coisa sem valor

Trelar: conversar

Tropicar: Tropeçar

Varou: atravessou

Volteada/0: Pequeno/rápido passeio

Piá: Garoto, menino

Guria: Garota, Menina

Tá ligado: Está atento, está sabendo

Tesão: Legal.

Paia: Sem graça.

Vina: Salsicha.

Piá = guri = rapaz, garoto









DICIONÁRIO DE CURITIBANÊS



Acolchoado: Coberta normalmente feita de lã de carneiro

Adevogado: Pronúncia curitibana de “Advogado”.

Aipim: Mandioca

Alcançar: Para pedir que alguém pegue alguma coisa.

Alimentadores: Ônibus provenientes dos bairros e que alimentam os terminais.

Alôco: xpressão que indica que o indivíduo está ficando louco por deixar que façam algo com ele.

Alugado: Pessoa metida .

Amarra; Trava: Cica das frutas que ainda estão verdes.

Antipó: Asfaltamento primário.

Apurado: Aquele que está com pressa de ir ao banheiro.

Arena: Estádio do Atlético Paranaense.

Arregado: Algo bom, que está levando vantagem.

As meia: Repartir pela metade( geralmente significa dividir as despesas)

Atletiba: Clássico do futebol: Atlético Paranaense X Coritiba.

Azeite: Óleo de soja.

Azucrinar: Aborrecer as pessoas.

Bala Zequinha: Bala muito comum que existia somente em Curitiba;também significa um sujeito comum.

Baladas: Diversões noturnas.

Baia: Casa.

Baixada: Estádio do Atlético Paranaense.

Banana caturra: Banana nanica.

Banquinha: Banca de jornal.

Batata salsa: Mandioquinha.

Belê: Beleza;usado depois de cumprimentar alguém.

Bera: Cerveja.

Beti-ombro: Jogo de beti.

Bexiga : Balão de festa infantil.

Bi-Articulado; Ligeirão; Vermelhão: Ônibus sanfonado,também conhecido como Bi.

Bicho cabeludo: Taturana.

Bidê: Criado- mudo; peça sanitária.

Biquinho: Tampa da válvula de pneus.

Biscate: Puta.

Bobódromo: Avenida Batel; local onde os curitibocas se encontram.

Bocó: Bobo, tolo.

Bodoque: Atiradeira,estilingue,setra.

Bolacha: Biscoito.

Bolsa: Pasta de colégio.

Bonde: Ônibus.

Borrão: Rascunho.

Brabo: Furioso.

Broa: Pão.

Bucuva: Pancada na cabeça com mão fechada; croque,cascudo.

Bugiganga: Coisa velha, inútil.

Búrico;Búlica: Jogo com bolinhas de vidro ou de gude.

Busun;Busunzinho;Cataloco;Cataosso. Ônibus.

Cabeça: Pessoa.

Caçador : Jogo também conhecido como "bola-queimada"

Caipora: Aquele que sempre tem desculpa pra tudo.

Calça de brim: Calça jeans.

Calcinha; Chiquinha; Rabicó : Elástico para cabelo.

Calcule!: Imagine.

Caldeirão: Estádio Joaquim Américo, do Atlético Paranaense.

Camarada: Amigo.

Canaleta: Pista exclusiva para ônibus expresso.

Cancha: Quadra poliesportiva.

Capilé: Groselha.

Cara- dura: Sem vergonha, cara-de-pau.

Careta: Cigarro.

Carpê: Carpete.

Carpim: Meia masculina.

Cartucho: Saco de papel.

Casa de material: Casa de alvenaria.

Catarina: Catarinense.

Catina: Chinelo de borracha.

Catrefa: Muitas pessoas.

Cerração: Neblina, nevoeiro.

Champagnat : Bairro do Bigorrilho, que insistem em chamar de Champagnat
por causa do Convento, onde hoje é a Universidade Tuiuti

Champinha: Tampinha de garrafa.

Chavear : Trancar.

Chimia (Eyeschmier): Qualquer doce em pasta para passar no Chineque; Prato alemão composto por ovo mexido com sal e bacon pra comer com pão no café da tarde ou da manhã.

Chineque: Pão doce.

Chocomilk: Achocolatado vendido em garrafinhas tipo refrigerante somente no Paraná.

Chuncho: Improvisação mal- feita.

Churriu: Diarréia.

Cidade: O Bairro do Centro.

Coberta de pena: Coberta normalmente recheada com pena de ganso

Cola- brinco: Porrada na orelha.

Comercial: Prato Feito ( PF) requintado.

Couto: Estádio de Futebol Couto Pereira,também chamado Estádio do Coxa, pertencente ao Coritiba Futebol Clube.

Coxa: Apelido do Coritiba Futebol Clube.

Coxa branca: Torcedor do Coritiba F.C.

Cozido: Embriagado

Croque: Ficar de cócoras.

CTA: Sigla de Curitiba perante a Telebrás.

CTBA: Sigla de Curitiba na Aviação.

Cueca: Homem.

Cueca virada: Rosca doce frita e passada em açúcar e canela.

Cuequinha de veludo: Rico.

Cuque ou kuke: Espécie de torta recoberta de farelo de maçã ou banana.

Curitiba: Shopping da cidade.

Curitiboca: Um tipo de pessoa, existente em qualquer lugar, que tem mania de
de reclamar ou por defeito em tudo que vê.

CWB: Curitiba perante a INFRAERO.

Daí : Aí. Usada na conclusão de frases afirmativas ou perguntas.. Ex.: "Já decidiram o que fazer, daí" ou "Vamos ao cinema, daí?."

De a pé: Andar a pé.

De barde;De varde, de balde: À-toa, na maciota.

Decapoco: Daqui a pouco.

De cara: Inconformado,espantado.

De fianco; De viés, De revesgueio; De soslaio; De través; De retanfian: Atravessado.

De menor: Menor de 18 anos.

De maior: Maior de 18 anos.

De volta: De novo.

Descer: Ir à praia.

Descer o rio de bóia: Praticar rafting com câmaras de pneus no Rio Nhundiaquara.

Descolar: Pedir algo ou alguma coisa a um amigos.

Destrocar: Trocar uma mercadoria.

DeusZuLivre!: Deus Me Livre!

Digue: Fale.

Dinherudo: Sujeito abastado, mas que vive lamentando a falta de dinheiro.

Disgranhenta: Pessoa ruim.

Dois palitos: Lugar próximo.

Dois toques: Coisa bem rápida, que não demora nada para ser feita.

Do tempo do êpa!: Coisa antiga.

Do tipo: Expressão que indica pessoas ou situações positivas ou negativas.

Dolangüe: Cantada, chaveco, mentira.

Dolé: Picolé.

Empachado: Estufado.

Empenho: Esforço bem ou mal-empregado.

Encasquetado: Desconfiado de alguma coisa.

Enlear: Embrulhar algo ou enganar alguém.

Ensebar: Ficar enrolando para ver algo acontecer ou ficar empacando a vida de
alguém; desperdiçar tempo.

Entrar de peru; Entrar de bico: Entrar, sem pagar.

Esculhambado: Estragado, avacalhado.

Esnuque; Snook: Jogo de sinuca.

Espeto corrido: Rodízio em churrascaria.

Estação: Famoso parque de lazer da cidade.

Estação tubo: Local de embarque/desembarque de expressos e ligeirinhos.

Estarlete; Piriquita: Fiscal de controle de estacionamento urbano.

Expresso: Ônibus que circula em canaletas especiais.

Fanáticos : Torcida organizada do Atlético Paranaense.

Fazenda: Peça de tecido.

Fazer um cachorro: Trocar; malandragem

Ferry boat: Balsa para a travessia Caiobá-Guaratuba.

Ferpa; Ferpinha;Estrepe: Farpa, pedaço bem pequeno de madeira que penetra nas
mãos de quem a manuseia sem cuidado.

Fervo: Festa agitada,badalação.

Festerê: Festa, show onde muitas pessoas se divertem.

Fiasquera: Fazer muito fiasco.

Foco: Lâmpada.

Furacão: Apelido do Atlético Paranaense.

Fúria: Torcida organizada do Paraná Clube.

Fuque: Fusca.

Gaiota: Carrinho ou carrocinha usada por catadores de papel.

Galeto: Muito rápido.

Galinha de porão: Curitibano que não toma sol.

Gambiarra;Enjambração: Coisa mal- feita, improvisada, artifício técnico duvidoso.

Gasosa: Refrigerante (abacaxi, framboesa, limão, gengibirra, etc)

Gengibirra: Gasosa de gengibre.

Goiaba: Ônibus inter-bairros, verde por fora, cheio de bicho por dentro.

Guapeca: Cachorro vira-lata.

GUIACWB: O primeiro canal de conteúdo curitibano na internet.

Guri / Guria: Piá, menino / menina.

Estrada da Graciosa: Ponto turístico.

Gralha: Pessoa que não pára de falar.

Império Alviverde: Torcida organizada do Coxa.

Inhengo : Tonto, bobo.

Já hoje: Agora mesmo, ainda há pouco.

Jaleco avental: Uniforme.

Jacu: Caipira.

Jaguara: Objeto,/pessoa ou animal de pouca ou nenhuma qualidade.

Janta: Janta.

Jogo de Tique: Atirar uma moeda ou arruela num poste ou parede; faz ponto quem joga mais perto da peça do adversário.

Jojoca: Soluço.

Juntar: Pegar algo que caiu no chão.

Jure!: Expressão de incredulidade.

Jururu: Quieto.

Lambrequim : Enfeite do beiral das casas de madeira.

Largo da Ordem: Bairro de Curitiba.

Latão: Ônibus de qualquer tipo do transporte público.

Levar um pacote: Cair de moto.

Leite quente: Expressão que identifica o curitibano pelo sotaque carregado.

Lombada: Quebra- molas.

Levar um côro: Derrota no esporte.

Lombada eletrônica: Redutor eletrônico de velocidade.

Lote: Terreno.

Ligeirinho: Ônibus de circulação rápida que pára somente em estações tubo.

Liquinho: Botijão de gás (3 kg) com um queimador no bico, usado em acampamentos.

Magrão: Pessoa ausente.

Mala: Pasta de colégio; pessoa chata, desagradável.

Malaco: Pivete, mendigo.

Malária: Coletivo de malaco.

Maloquero: Vagabundo, arruaceiro.

Mamá: Mamadeira com leite.

Massa : Legal, bacana.

Me veja um;Me dá um daquele ali: Me venda tal coisa .

Média; Pingado: Uma xícara de café com um pouco de leite.

Meio-fio: Guia da calçada.

Menô: Praca Menonitas,centro de lazer no Boqueirão.

Migué: dar o golpe, passar os outros para trás.

Melancia: Torcedor do Coritiba que nutre simpatia pelo Atlético Paranaense,ou seja,
verde e branco por fora,rubro-negro por dentro.

Mimosa;Mexerica;Bergamota: Tangerina.

Moita: Ficar quieto, não falar sobre o assunto.

Momó;Tonga: Pessoa devagar, meio burra.

Nabas: Porcaria.

Na faixa; No vascão: Tudo grátis.

Naipe: Aparência, tipo, modos, jeito de uma pessoa.

Não dá nada: Não tem importância, fique tranquilo.

Nega-maluca: Bolo de chocolate com cobertura.

Negócio: Armazém , venda, botequim.

Nhápa: Lambuja,brinde.

Nhanha: Caipira.

O pai, a mãe: Meu pai, minha mãe.

Ospra: Pô.

Ópera de Arame: Ponto turístico.

Paina: Vegetal que serve de matéria prima para elaboração de pipas.

Teatro Paiol: Famoso teatro da cidade.

Palanque: Poste de sustentação.

Palha: Coisa ridícula, demodê, discordante do gosto da maioria.

Pão com vina: Cachorro- quente.

Pão d'água; Pão bundinha: Pão de 50 g, arredondado, com uma divisão no meio.

Pandorga: Pipa, papagaio, quadrado,raia.

Panificadora: Padaria.

Papel lustro: Papel espelho.

Papel carmim; Papel colorset ; Papel dupla-face: Cartolina de cores vivas.

Para-Tiba: Clássico do futebol: Paraná Clube X Coritiba.

Parada : Qualquer coisa que não está presente no momento.

Paranista: Torcedor do Paraná Clube.

Parque Barigui: A praia de Curitiba.

Passeio Público: Parque do Centro da cidade.

Patente: Vaso sanitário.

Patético: Clássico do futebol: Paraná Clube X Atlético Paranaense.

Patrola: Veículo usado para remoção de detritos,como um trator,por exemplo.

Pé-du-vido: Porrada ,pancada,tapa.

Peça: Cômodo de um imóvel.

Pechada: Colisão de veículos.

Pedreira Paulo Leminski: Ponto turístico.

Pegar o bonde: Pegar um ônibus.

Peladão: Praça 19 de Dezembro, onde há duas estátuas de nu artístico.

Penal: Estojo para lápis, canetas, etc

Piá pançudo: Menino traquinas.

Pialo: Enganar alguém.

Piazada: Grupo de crianças.

Picareta : Vendedor de carros usados.

Pila: Dinheiro.

Pilantrar: Sacanear.

Pinheirão: Estádio do Paraná Clube.

Pira: Legal.

Pirogi ravioli polonês: Pastel cozido de requeijão com molho de manteiga e bacon.

Podar : Ultrapassar um veículo.

Poióca: Alguma coisa.

Polaco(a): Polonês/a ;qualquer pessoa loira.

Ponta-cabeça: De cabeça para baixo.

Posta branca: Tipo de carne vermelha- clara, chamada em outras regiões de Lagarto.

Posta vermelha: Carne bovina.

Pousar (geralmente sem o “u”) : Dormir na casa de alguém.

Protro/a, protra: Para outro/a .

Psor/a: Professor/a.

Quadra: Quarteirão.

Quati: Moleza, preguiça.

Quedê ou quedê-lhe: Cadê? Onde está?

Quentão: Bebida quente preparada com vinho tinto, gengibre e canela.

Raia bidê: Tipo mais elaborado de pipa.

Rápida: Avenida para carros com fluxo veloz.

Reba: Sem qualidade, porcaria.

Refri: Refrigerante.

Revistaria: Banca de revistas.

Representa: Parece.

Repuxo: Fonte com chafariz.

Rodoferroviária: Mix de rodoviária e ferroviária.

Rua sem-fim:. Beco sem saída.

Sanduba: Sanduiche.

Sanfonado: Expresso mono-articulado, anterior ao Ligeirão.

Sarada: Pessoa em boa forma.

Sarau: Baile para jovens.

Shortes: Short.

Sinaleiro: Sinal, semáforo.

Socorro: Estepe.

Sortido; Disco Voador: Prato Feito (PF); refeição barata servida em restaurante simples

Subir: Voltar da praia para a capital.

Submarino : Chope com Steinhaeger servido no Bar do Alemão.

Sussu: Beleza,tudo certo.

Tá ligado: Estar lembrado,esperto.

Tempo brusco: Nublado, fechado e escuro.

Tesão: Legal.

Tipo assim: Explicação que inicia qualquer assunto, e a frase costuma terminar com
"tá ligado?"

Tombeira: Caminhão basculante.

Tongo: Sujeito burro.

Topete: Franja.

Traia: Pessoa ruim.

Traíra: Pessoa que não faz o que diz.

Tralha: Coisas para levar a algum lugar.

Traquitana: Engenhocas estranhas; espécie de boneco ou objeto movido por mecanismo artificial, criado nos primórdios da televisão paranaense por Osni Bermudes.

Tratante : Pessoa que promete ir e não vai.

Trincheira: Viaduto,só que uma rua está no seu nível normal e outra passa por baixo dela.

Trouxa: Bobo; também pode ser tralha,bagagem.

Trujão Intrometido.

Tubo: Ponto de ônibus para expressos e ligeirinhos.

Tunda: Surra.

Tunda de laço: Grande surra.

Véio: Amigo do peito.

Vela: Potência da lâmpada ; pessoa que não sai de perto de casais de namorados.

Vestiba: Vestibular;vestibulando.

Via rápida: Avenidas de acesso rápido.

Vina : Salsicha.

Volte-meia: Regularmente.

Wimi : Refrigerante de laranja tipo Fanta.

Xpicanha: Sanduíche de picanha.

Zorba: Qualquer cueca.




SER CURITIBANO É


Tomar chope escuro no Estação, ir para a balda e tomar chope escuro na Rua 24 Horas..

Falar o nome das ruas como se falasse de pessoas.

Ficar perdido com tanto lugar legal para ir no Largo da Ordem.

Saber que é um dos lugares com a maior variedade de povos e estilo de pessoas do mundo, e todo mundo se dando muito bem!

Falar “Leite Quente Dá Dor Nos Dentes” frisando todos os “es”, ainda mais quando está conversando com cariocas (que morrem de rir)

Falar certo.

Falar mal do sotaque dos outros.

Não falar com estranhos,principalmente forasteiros.

Chamar salsicha de vina, e biscoito de bolacha.

Saber a diferença entre chileno e sandália.

Ir aos vários parques e praças no domingão, ou mesmo num dia de semana para caminhar.

Adorar o frio.

Pensar que os quadros policiais do Jornal Nacional são filmes de ação.

Saber que a cidade tem as pequenas e sem crime organizado.

Comentar a invasão nova.

Sonhar em ir a São Paulo ou Florianópolis conhecer o pai.

Saber que a maioria dos bandidos veio de fora.

Ir para São Paulo ou Rio de Janeiro e voltar horrorizado com a bagunça do lugar.

Ver o “Oilman” pedalando de sunga com a maior naturalidade pelas ruas, e notar que só o povo de fora fica reparando.

Não ter que aturar gringo pensando que prostituição infantil é legalizada.

Comprar bugigangas legais dos hippies da Praça da Federal.

Dizer que não trocaria Curitiba por cidade alguma do mundo.

Tomar chope na Rua XV vendo os malucos, que sempre dão um showzinho.

Saber por que Curitiba é considerada “A Capital Ecológica”.

Não sentir inveja do Rio com o Cristo Redentor quando vê a Opera de Arame.

Andar nos ônibus de um sistema urbano que causa inveja ao país inteiro.

Ter as ruas menos esburacadas e um dos trânsitos menos caóticos das capitais.

Descer para o litoral com a galera nos feriados.

Não sair de casa em dia de Atletiba.

Não ver como anormalidade um punk maltrapilho (não de butique!) andando na rua.

Ouvir o pessoal de fora falar que gostaria de morar em Curitiba.

Poder voltar da balada de madrugada sem ter medo de chegar morto em casa.

Ir ao bar para falar descontraidamente de política e filosofia.

Beber vinho no chafariz do Largo da Ordem e vomitar no Cavalo Babão.

Ir de um bairro para o outro e pensar que está em outra cidade.

Reparar como as ruas são limpas.

Fazer poesia para as putas da Visconde de Guarapuava, Avenida Iguaçu, Cruz Machado...

Ir ao centro e achar tudo o que quer em menos de dez minutos de caminhada.

Saber como a cidade fica linda à noite.

Falar com boca cheia que é Curitibano.










DICIONÁRIO DE MARINGAÊS






Acha: Demonstra surpresa.

Apurado: Atarefado.

Circular: Ônibus.

Data: Terreno.

De à pé: A pé.

Edícula: Área de serviço.

Guspir: Cuspir.

Nordestino: Aquele que nasce no Sudeste.

Patente: Vaso sanitário.

Póça: Poça dágua.

Quem: Alô.

Sobrado: Duplex.

Shorts: Short.

Viu: Usado para iniciar qualquer frase.

Virar às direita ou às esquerda: Virar à direita ou à esquerda.











SER MARINGAENSE É



Achar que a qualidade de vida reina nessa cidade.

Achar legal a cidade ter tantos Sebos culturais para incentivar o ato de ler.

Achar que já passou da hora das Lojas Americanas passar por uma reforma.

Achar que o Parque do Ingá está bastante decadente, mas ainda é um ótimo lugar para admirar a natureza.

Adorar as pamonhas do César.

Amar de paixão a sua cidade .

Amar os sorvetes da Espucreme.

Comprar enxoval de cama, mesa e banho na Pernambucas.

Conhecer alguém que já perdeu e foi atacado pelos macacos do Bosque 2.

Conhecer alguém que já teve dengue.

Considerar inadmissível o novo e malfeito terminal de ônibus.

Considerar o Big um hipermercado super caro, mas vive indo lá.

Detestar os dois últimos sábados do mês, porque o comércio não abre.

É ser pé vermelho.


Ficar feliz com as vitórias do Galo Maringá.


Ficar indignado com os engarrafamentos do final de ano.

Ficar mais indignado ainda com a quantidade de sinais que há nas ruas.

Ficar indignado porque a colação de grau do Cesumar é conjunta e realizada no Parque de Exposições; sentir até um calafrio quando algum amigo o convida para a diplomação.

Ficar se perguntando Onde vou enterrar o meu bichinho de estimação? Pois a cidade não conta com nenhum cemitério de animais domésticos

Ir à Expoingá mesmo sabendo que não há nada de atraente lá.

Ir ao Festival Nipo-Brasileiro.

Já ter ido a pelo menos a um evento no Moinho Vermelho, porque dizem ser um dos buffets mais concorridos da terrinha .

Já ter feito um piquenique na Praça da Catedral.

Já tirou uma foto de cima para baixo do cone da catedral.

Já ter passeado de jardineira pela cidade.

Já ter perdido a paciência de ler O Diário .

Já ter se esbaldado de tanto comprar no shopping de calçados.

Malhar numa academia que faz parte do NUSA.

Não entender porque o Mc Donalds não está no Avenida Center.

Nunca consegue comer apenas um pastel do Roberto.

Puxar os “R”.,

Saber que a melhor comida árabe está no Monte Líbano.

Saber que a melhor costela da cidade está no Cupim Mania.

Saber que a melhor pizza está no Al Papone.

Saber que jogar boliche é uma das diversões mais baratinhas para a criançada.

Saber que um único show é suficiente para encontrar toda a população.

Se irritar com a prepotência do Cesumar.

Sentir muito frio na orelha durante o inverno, mas morrer de vergonha de usar um gorro.

Sentir saudades do programa Pooorta abertaaaaaa – só pra ver a peruca do Antônio Ismael e o batom vermelho totalmente off da Sílvia Letícia.

Ser fã do pastel da Feira do Produtor.

Sonhar com a construção de um mega shopping na cidade.


Ter que batalhar uma vaga nos sábados em que o comércio abre por causa dos visitantes das cidades desprovidas de pólos comerciais.

Ter vontade de subir as centenas de degraus da torre da Catedral mas morre de preguiça.

Torcer para que no próximo ano alguma peça teatral bem interessante caia de pára-quedas no teatro Kalil Haddad.


Visitar a casinha do Papai Noel todo ano porque as crianças insistem muito.