MAPA DO BRASIL SEGUNDO OS NORDESTINOS
DICIONÁRIO DE MARANHÊS
Abestado; Atroiado: Imbecil.
Alprecata: Sandália de dedo,geralmente feita de couro.
Apiar: Subir em montaria,trepar em árvore,montar numa bicicleta.
Aqui há coisa: Expressão de desconfiança de algo.
Arribar: Levantar,suspender alguma coisa.
Até aí morreu o Neves: Ficar na mesma.
Arder em dois fogos: Querer fazer duas coisas ao mesmo tempo.
Arrochar: Apertar alguma coisa;namorar.
Assim meu boi não dança: Desse jeito não vai.
Assistir de camarote: Não tomar partido numa disputa.
Bacuri: Golpe que se aplica após juntar as mãos,entrelaçar os dedos,soprar entre elas e bater na cabeça do adversário.
Baixar o bico: Beber; meter-se na cama.
Baladeira: Estilingue; rede.
Barroada: Batida de veículos no trânsito.
Bater o cachimbo; Bater o 31: Morrer.
Beber o mijo: Comemorar o nascimento de um filho oferecendo vinho fino aos amigos.
Beiço: Lábio inferior.
Besta que amarga: Aparentar o que não é.
Biba: Homossexual masculino.
Bicuda: Chute forte.
Bisca: Tapa forte,dado de mão aberta na cabeça do oponente.
Botar no caderno: Marcar alguém.
Cacholeta: Forte piparote na orelha de alguém.
Caçar barulho: Procurar confusão.
Canginagem: Recusa de dividir algo com outra pessoa.
Capar o gato: Ir embora.
Cascudo; Coque: Golpe dado de mão fechada com o dedo médio semi-dobrado,no alto da cabeça da vítima.
Chegar puxando a cachorrinha: Chegar na miséria.
Cheio de Lamiré: Cheio de prosápia, cascata.
Cheio de nove-horas; Cheio de nicas: Alguém que faz muitas exigências.
Coisa-feita; Mandraca: Feitiço, mandinga.
Comer pastel de imaginação: Passar fome
Comer arara: Ser tolo.
Comigo não, violão: Comigo a coisa é diferente.
Comer sopa de vento: Passar fome.
Correr Beirada; Correr Coxia: Andar de casa em casa ou pelos cantos de rua procurando novidades.
Curica: Pequena pipa de papel comum, com talas de pindova ou buriti enfiadas em cruz.
Custar os olhos da cara: Custar caro.
Cruzeta: Cabide.
Dar um doce: Prometer um prêmio pela realização de algo difícil.
Dar o tiro na macaca: Ficar solteira .
Dar o doce: Casar.
Deixar o barco rolar; Correr pra Caxias: Não fazer caso dos fatos.
Desapiar: Descer de montaria,bicicleta ou árvore.
Dia de São Nunca: Em dia nenhum.
Dirdobro: Evitar um flagrante.
Do pé pra mão; Da noite para o dia : Num instante.
Do tempo da janambura; Do tempo do onça; Do tempo do ronca: Muito antigo.
Duas por três: A todo momento.
É uma porta de bacuri: Alguém rude.
Encontrar a árvore da pataca: Enriquecer rapidamente.
Engolir em cheio; Engolir sapo: Suportar calado uma afronta.
Empinar a curica: Melhorar de situação.
Engenheiro de obras prontas: Preguiçoso.
Estar com uma broca: Estar com muita fome.
Estar de maré; Estar com azeite: Estar irritado.
Espiar maré: Assuntar.
Estar de miolo mole; Estar gira; Estar dementado: Palerma.
Estar de rede armada: Cômodo, bem instalado.
Estar no desvio; Estar empregado no desvio: Sem emprego.
Entrar pelos olhos da cara: Aquilo que está muito claro.
Estar por dentro como bago de jaca: Dominar um assunto.
Falar mais do que a negra do leite: Ser tagarela.
Fazer uma boquinha: Fazer uma refeição leve.
Fazer um papelão: Cair no ridículo, ter péssimo desempenho
Fazer uma fina: Pregar uma peça em alguém.
Feito de dois paus; Ficar com cara de Nhô Zé; Feito besta: Com cara de bobo.
Festa de arromba: Farra grossa.
Ficar André: Ficar encabulado.
Ficar na moita: Guardar segredo.
Gomar: Passar a roupa a ferro.
Isto é uma gosma; Isto é uma garapa; Isto é uma garapa azeda: Coisa mal-feita.
Levada da carepa; Levada da breca: Menina danada.
Levar de roldão ;Meter o aço: Fazer algo de forma impetuosa e violenta.
Longe como seiscentos: Lugar longínquo.
Marca pistola: De qualidade inferior.
Na primeira de copas: Na primeira oportunidade.
Não dar ganja: Não dar atenção.
Não dizer coisa com coisa: Falar sem nexo.
Não sair desse rame-rame: Prender-se à rotina.
Não ser escada: não contribuir para a ascensão de outrem no plano da vida.
Não ser maria-vai-com-as-outras: Ter personalidade.
Não ser mais suficiente: Não ser mais virgem.
Não ser pai de cascudo nem avô de jacaré: Não ser besta.
Nem carne nem peixe: Nem uma coisa nem outra.
Nem como coisa: Não se dar por achado, não assuntar.
Nem como Seu Souza: Indiferente.
Nos tempos em que Adão era cadete: Antigamente, nos tempos antigos.
O Cumê: A comida.
Passado na casca do alho; Ser um alho;Ser uma mitra; Ser mitrado : Esperto.
Pau-de-virar-tripa: Magricela.
Quando galinha ciscar pra frente: No dia de São Nunca, em tempo algum.
Quebra gereba!: Dita quando alguém quebra uma coisa. Em São Luís era comum a parlenda: “Quebra gereba / Quando acabar de quebrar com esse / Quero ver com quem tu quebra”. Significa alguém sem mérito.
Querer colocar a Sé em Santaninha: Querer o impossível.
Ser Ariri de Festa: Não perder uma festa, estar em todas.
Ser carne e unha: Devotar amizade incondicional a outrem.
Ser como gilete: Não se definir, ficar dos dois lados.
Ser da pá virada: Ser assanhada.
Ser de rede rasgada: Desaforado.
Ser fósforo sem cabeça: Não ter prestígio.
Ser o bicho cacau: Ser o melhor de todos.
Ser trombone: Ser leva-e-traz, de onze-letras.
Só querer ser 31 de Fevereiro: Aparentar o que não é.
Só quer ser o que a folhinha não marca: Querer bancar o importante, ostentar prestígio.
Ser repique de alguém: atrapalhar a vida de outrem.
Ser uma mosca-morta: Pessoa apática.
Sossegar o facho: Acalmar-se.
Vá bugiar; Vá tomar banho na maré: Vá encher o saco de outro.
Vou Banhar: Vou tomar banho.
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